No Brasil, país que sofre as consequências do golpe de Estado de 2016 que derrubou um governo de esquerda preocupado em criar e manter políticas públicas para assistir, ainda que minimamente, a enorme quantidade de miseráveis, hoje sofre com uma verdadeira epidemia da fome. São 116,8 milhões de pessoas atualmente em situação de “insegurança alimentar”, um termo eufemístico para se referir a situação de fome. Do Oiapoque ao Chuí, tem brasileiro rezando por um pedaço de osso.
E mais recentemente, os efeitos dessa catástrofe, já chegaram inclusive ao cotidiano da cidade mais rica da América Latina, São Paulo. Na capital paulista vem sendo recorrente a denúncia de pessoas nas filas das UBS que desmaiam de fome.
“Comecei a sentir tontura e a mulher do lado perguntou se eu tava bem. Eu caí, apaguei. Foi muito rápido. Acordei e tava todo mundo assustado. Eu tava sem entender o que aconteceu.” O relato é de Felipe Santos de Oliveira, 23 e aconteceu na recepção da UBS (Unidade Básica de Saúde) Jardim Três Corações, na zona sul de São Paulo. Na ocasião, o rapaz estava sem ter o que comer há mais de 24 horas.
Essa cena vem se repetindo em outras unidades de atendimento espalhadas pela periferia da capital como as de São Mateus, São Miguel Paulista, Guaianases, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Grajaú, M’Boi Mirim, Parelheiros, Jardim Ângela, Pirituba e Perus. Sendo relatado pelos profissionais que lá trabalham o fato de que muitos pacientes têm ido até o posto de saúde apenas para tentar comer alguma coisa.
É preciso sair às ruas e exigir em primeiro lugar um auxílio de pelo menos um salário mínimo para essas pessoas. Isso é a primeira coisa que o governo deveria fazer diante de uma situação dessas. É preciso tomar as ruas contra essa tragédia e lutar por Lula Presidente, por um governo dos trabalhadores!