Os grandes atos, que estão acontecendo desde o dia 1º de maio, contando com a participação de milhões de pessoas, e a sua realização em centenas de cidades brasileiras, demostram a grande revolta popular e a tendência de mobilização contra o governo ilegítimo Bolsonaro e todos os golpistas, que, além de responsáveis pela morte de mais de 560 mil pessoas, são responsáveis pela política econômica de terra arrasada para os trabalhadores e a população em geral, através da escalada da fome, desemprego, rebaixamento salarial, inflação, ou seja, uma degradação sem igual nas condições de vida da maioria da população.
Nesse sentido, a categoria bancária tem todas as razões para estarem presentes no próximo ato nacional que acontecerá no próximo dia 18 de agosto, contra a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos.
Além dos bancários estarem comendo o pão que o diabo amassou nas mãos dos banqueiros, através das demissões em massa, arrocho salarial, assédio moral como forma de pressão para a venda de produtos bancários, fechamento de agências e dependências bancárias, descomissionamentos etc., a Proposta de Emenda à Constituição nº 32 (PEC 32/2020), que trata da chamada “reforma administrativa”, está para ser votada pelo reacionário Congresso Nacional.
A “reforma” vem para liquidar com vários direitos consagrados na Constituição de 1988, tais como o direito à educação, saúde, alimentação, moradia, trabalho, lazer, previdência social, etc., com vistas a beneficiar o setor privado, ou seja, meia dúzia de parasitas capitalistas e, também de vários direitos conquistados em mais de um século de lutas dos trabalhadores.
Nos bancos públicos, dentre os diversos ataques, a PEC da morte torna nula a concessão de estabilidade no emprego ou de proteção contra a despedida por meio de negociação, coletiva ou individual, ou ato normativo que não seja aplicável aos trabalhadores da iniciativa privada; veda a concessão de vários dispositivos, tais como: férias em período superior a trinta dias; adicionais por tempo de serviço; licença-prêmio, licença-assiduidade; progressão ou promoção baseada exclusivamente em tempo de serviço; a incorporação, total ou parcial, da remuneração de cargo em comissão, função de confiança ou cargo de liderança e assessoramento ao cargo efetivo ou emprego permanente e, aplica a redução de jornada de trabalho sem a correspondente redução de remuneração. E mais, a Proposta trás embutida a ampliação de restrições a existência de empresas estatais onde estabelece a proibição ao Estado de instituir medidas que geram reservas de mercado, impedindo qualquer política de desenvolvimento em setores estratégicos para o país, como a exploração de petróleo e o setor dos Correios, por exemplo, pondo fim à soberania nacional.
As medidas acima mencionadas é apenas um aperitivo em relação aos ataques à classe trabalhadora embutido nessa famigerada PEC 32.
É necessário que as organizações de luta dos trabalhadores, instrumento da classe trabalhadora, organize uma gigantesca mobilização contra mais esse ataque dos patrões. Para os trabalhadores só resta uma saída coletiva, que são as mobilizações de rua e organizar uma luta efetiva contra a burguesia e nesse sentido o ato do dia 18 de agosto, os bancários têm todos os motivos para irem às suas em todo o país contra a PEC 32; pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas; Eleições Gerais; Lula Presidente.