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Regime de escravidão

Frigorífico: trabalho escravo é mais barato que a automação

Com trabalho escravo e o lucro altíssimo, os patrões de frigoríficos não estão nem há interesse em mudança dessa situação

Em dois artigos da imprensa venal Globo, ambos datados da última segunda-feira (05), tratam da automação dos frigoríficos.

Os frigoríficos, na pandemia do coronavírus são campeões de contaminação dos trabalhadores no setor industrial, apesar de tentarem de todas as formas esconderem o que é impossível de esconder. No entanto, diante da tamanha tragédia dentro das fábricas, começam a debater sobre a automação do setor. Uma pressão externa devido a grande produção que é exportada, como a China, os EUA, a Europa, etc. são na realidade centenas de países.

Assim como os patrões dos frigoríficos ignoram completamente o altíssimo número de trabalhadores contaminados, conforme levantamento dos sindicatos, federações e confederações junto a denuncias de trabalhadores essa proposta de automação está bem distante de qualquer pretensão dos patrões, que preferem escravizar os trabalhadores pagando uma miséria de salários e, em condições sub-humanas do que equipar suas instalações de maquinários que resultarão em grande despesa.

Conforme a revista Globo Rural, que disse, no mesmo dia que os patrões estão acelerando a retomada de projetos de automação, também disse que, devido ao baixo custo de mão de obra no setor atrasa o avanço da automação. Ou seja, a única verdade é que, em primeiro lugar, não existe nenhum interesse dos patrões de qualquer automação, uma das razões para isso é o custo dos maquinários e, a outra é o exercito de mais de 14 milhões de desempregados. Um setor onde é utilizado praticamente o esforço braçal e nenhum, ou quase nenhum esforço intelectual para o exercício da função dentro dos frigoríficos, os trabalhadores, diante da situação apresentada, recebem os mais baixos salários possíveis e imagináveis.

Os patrões das empresas de automação, como o João Paulo Kronhardt, diretor da Mesal Máquinas e Tecnologia disse: “vamos dizer que estamos em um processo embrionário. Não consigo precisar do percentual, mas é muito baixo. São muito poucos os frigoríficos que têm sistema totalmente automatizado”. Pode-se dizer que tende a zero (grifo nosso).

No entanto, no outro artigo da revista Globo Rural, os patrões que cada vez mais estão fazendo os operários de seus frigoríficos faz grande propaganda de que uma empresa tem realizado automação, ou seja, um caso isolado diante de mais de 1000 empresas do ramo frigorífico no país.

O fato dos patrões do setor frigorífico que esconderam até agora os mais de 125 mil trabalhadores contaminados pelo coronavírus, o governo Bolsonaro, que conseguiu fazer com que 5.000.000 (números bem inferiores à realidade) fossem contaminados e que a golpista, latifundiária e ministra da agricultura Tereza Cristina considerasse exagerado o que se falava da contaminação nos frigoríficos e consideram que os frigoríficos não devem ser fiscalizados, a não ser por seus próprios donos, a imprensa também tenta fazer seu papel junto a esses escravistas, ou seja, esses artigos servem somente com distração, diante do caos reinante desse setor industrial.

O fato é que, não dá para os trabalhadores serem tratados como verdadeiros objetos, serem contaminados aos montes, inclusive com vários operários morrendo.

É preciso discutir, imediatamente, uma greve como forma de sobrevivência, enquanto os patrões vão continuar com discussões distracionistas, mas escravizando mais e mais e os funcionários, que estão morrendo feito moscas devido às péssimas condições de trabalho.

Fora Bolsonaro e todos os golpistas, eleições gerais com Lula candidato.

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