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Tendência de luta

Professores, garis, motoristas: mobilização se espalha pelo País

Crise econômica e social promovida pelo golpe está impulsionando lutas em várias categorias.

Com a crise política em nosso país, a tendência à mobilização dos trabalhadores está crescendo cada vez mais. No Rio de Janeiro, os motoristas de ônibus e do BRT entraram em greve reivindicando reajuste salarial; em Belo Horizonte, os professores entraram em greve exigindo um reajuste decente para a categoria; em São Paulo, a APEOESP convocou uma paralisação dos professores contra a medida do governo João Dória, que cria um “novo plano carreira” – que retira bonificações e, com isso, abaixa o salário dos professores.

Além disso, no Rio de Janeiro, os garis entraram em greve por reposição salarial e em Belo Horizonte os metroviários também estão em greve. E também os professores do Acre entraram em greve por aumento dos salários e pela realização de concursos públicos. Também no Acre, os funcionários do INSS entraram em greve, exigindo também a reposição salarial e a realização de concursos públicos. Também os funcionários do INSS, mas na Paraíba, entraram em greve exigindo o aumento de salário, que vem sendo corroído pela inflação. Até mesmo os servidores públicos do Banco Central decretaram greve, que deve iniciar amanhã, dia 1.

Ou seja, em todo o país há um forte clima de mobilização, muitas categorias estão entrando em greve e isso tende a se acentuar ao longo do ano conforme a situação dos trabalhadores vá piorando. 

A mobilização da classe trabalhadora é resultado da crise econômica, mas também da crise política, iniciada desde o golpe de Estado, e que agora está chegando ao nível de mobilização dos trabalhadores. É preciso dar um conteúdo político a esta luta com o intuito de alavancar a mobilização: é preciso iniciar uma ampla campanha por Lula presidente.

As condições para esta campanha já estão dadas: há uma forte crise social, o governo Bolsonaro e dos golpistas está impondo uma pesada política de carestia, há uma base social muito grande que apoia o Lula e os trabalhadores já estão começando a se mobilizar.

É preciso que todas estas lutas de categorias individuais sejam unificadas e passem a ser a luta do conjunto da classe trabalhadora: isto só pode acontecer por uma política capaz de realizar isso, isto é, uma política capaz de realizar a vitória da classe trabalhadora.

E essa política é a política da luta por Lula presidente, contra o governo Bolsonaro e contra o golpe de Estado e todos os golpistas. Essa política, além de unificar a luta dessas categorias, ainda aponta uma saída em favor da classe operária para a crise social que os golpistas criaram.

Isto é, a mobilização dos professores, dos garis, dos motoristas, dos metroviários e de diversas outras categorias pelo país demonstra de maneira clara que é preciso pôr um amplo movimento pela derrota do golpe de Estado. Além da mobilização política, esse movimento demonstra a necessidade de se mobilizar em torno de um programa não só político (Lula presidente, derrubada do governo Bolsonaro e do regime golpista), como também econômico.

Entre as medidas do programa econômico que a mobilização da classe trabalhadora deixa cada vez mais claro, estão as medidas contra o desemprego – por exemplo, a redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais sem redução de salários  –, o “gatilho salarial” (ou seja, a escala móvel de salários, que é o aumento automático dos salários toda vez que a inflação alcançar um certo patamar), o aumento real do salário mínimo, etc.

Essas reivindicações, tanto as reivindicações econômicas, quanto às reivindicações políticas, devem ser a base para a mobilização da classe trabalhadora no próximo período, afinal são elas que poderão unificar a classe operária e levar adiante sua luta por seus próprios interesses, contra o golpe e contra a burguesia de conjunto.

O início da crise social e econômica foi com o golpe de Estado: mobilizar os trabalhadores contra o regime golpista!

Foi o regime político golpista que iniciou todas as “reformas” que atingiram duramente a classe trabalhadora e trouxeram carestia ao conjunto da população. Essas medidas econômicas, que hoje resultam em uma grande inflação, em um altíssimo preço dos combustíveis e no sucateamento dos serviços públicos, são a base da crise econômica pela qual passa a classe trabalhadora brasileira.

E são também a razão pela qual está havendo desde agora mobilizações de diversos setores da classe trabalhadora por exigências econômicas. Como todas as medidas de carestia e de aumento da espoliação dos trabalhadores são resultados do golpe de Estado, elas só poderão ser derrotadas com a derrota do golpe de Estado – isto é, com a derrota do regime político que decorre dele.

Com isso, a esquerda tem o dever de mobilizar o povo com base em um programa, que atenda tanto às necessidades econômicas, quanto às necessidades políticas da classe trabalhadora. A tendência já existe e as condições para isto já estão postas. Basta a esquerda iniciar a campanha.

Embora as direções da esquerda pequeno-burguesa estejam impondo uma resistência a apoiar a candidatura de Lula e, com isso, a mobilizar os trabalhadores em torno dela, é preciso superar essa política de paralisia e derrotar este freio ao movimento. A esquerda de base operária deve seguir o exemplo dos professores, dos garis, dos motoristas e dos metroviários e sair às ruas e, com isso, puxar todos os trabalhadores para a mobilização, contra o golpe de Estado e contra a carestia que os golpistas impõem à população.

Este ano tende a ser um ano com diversas mobilizações, precisamente por ser um ano eleitoral – afinal as eleições são um meio, embora não o único, nem o principal, em que ocorre a luta política e a classe operária se manifesta –, mas também pela gigantesca crise econômica e social que assola os trabalhadores. Tudo indica que será um ano em que os trabalhadores irão às ruas para derrotar os golpistas, isto é, Bolsonaro e a assim chamada terceira via.

Neste cenário, a esquerda – enquanto expressão política desta luta e dos interesses dos trabalhadores – deve chamar amplas manifestações e abandonar as férias em que entrou por conta do fim de ano e, de uma vez por todas, a política do fique em casa. Este ano precisa ser o ano em que será colocada uma ampla mobilização por Lula presidente, pelo Fora Bolsonaro e pela derrota do golpe de Estado!

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