Nessa semana, a Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) tomou a decisão de apoiar candidaturas do PSB em todas as regiões do país em troca de uma suposta “neutralidade” nas eleições presidenciais. Na prática, isso significou sacrificar várias candidaturas em que o PT tinhas chances reais de vencer em troca de nenhum apoio do PSB.
Em Pernambuco, a petista Marília Arraes já havia sido escolhida pela militância como a candidata ao Governo do Estado. No entanto, após o acordo vergonhoso feito pelo PT a nível nacional, a candidatura de Marília foi substituída pelo apoio ao governador Paulo Câmara, que é do PSB e apoiou o golpe de 2016.
Em resposta à decisão do PT em não apoiar a candidatura de Marília Arraes, que poderia se tornar uma candidatura de denúncia do golpe de Estado e que impulsionasse a campanha pela liberdade de Lula, a militância do PT de Pernambuco permaneceu firme no apoio à sua pré-candidata. Na última quinta-feira, pressionados pela base petista, os delegados do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco votaram, em sua esmagadora maioria, a favor de Marília Arraes.
Durante a reunião que culminou no apoio do Diretório Estadual à candidatura de Marília Arraes, os militantes do PT gritaram contra Humberto Costa, chamando-lhe de golpista. O resultado foi com larga vantagem: 230 favoráveis, 20 contrários e 1 abstenção.
A votação reflete a tendência da base do PT a lutar contra o plano B. Afinal, a única política para os trabalhadores é a luta contra o golpe, sem nenhum acordo com os golpistas. Lula ou nada!