Delegados da Corrente Sindical Nacional Causa Operária (militantes e simpatizantes do PCO) presentes no 13༠ CONCUT (Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores)- Congresso Lula Livre -, apresentaram no dia de ontem (8/10), segundo dia do Encontro que vai até amanhã, quatro propostas de resoluções sobre a política da Central e as lutas do próximo período.
Para apresentar cada uma das propostas, no Congresso que acontece em Praia Grande (SP), eram necessárias, pelo menos, 155 assinaturas de delegados. Foram colhidas mais de 200 assinaturas em cada umas das propostas apresentadas, com destaque para a proposta de emenda aditiva ao texto da direção nacional sobre a luta pela liberdade de lula, que contou com a adesão de cerca de 400 delegados. Essas centenas de assinaturas foram coletadas em pouco mais de três horas (para cumprir prazos regimentais) e foram encaminhadas à coordenação do CONCUT, podendo ser apresentadas ao Plenário para votação, na medida em que não haja acordo por parte do setor majoritário em incorporá-las ao texto fina do Congresso.
Veja abaixo as quatro propostas encaminhadas pela Corrente Sindical Nacional Causa Operária para debate e deliberação no CONCUT :
- Realizar uma ampla campanha dos sindicatos pela imediata libertação do ex-presidente Lula
“A II Plenária Nacional Lula Livre, aprovou intensificar a mobilização, ampliando os mutirões de coleta de assinaturas e realizando uma jornada de luta nesse mês de outubro, com um novo Ato Nacional, no dia 27 de outubro, data oficial do aniversário de Lula, em Curitiba (ou onde Lula estiver), pela liberdade de Lula. Foi aprovado também realizar uma campanha de contribuições junto às diretorias dos sindicatos e nas bases das categoria para levantar os recursos necessários para sustentar e ampliar essa luta.
A CUT deve se posicionar a favor dessas deliberações e de outras que impulsionem – de fato – uma efetiva mobilização dos sindicatos em favor da liberdade da maior liderança operária do País e pela anulação de todos os processos da criminosa operação Lava Jato.”
2. A CUT deve tomar a dianteira e convocar a mobilização pelo FORA BOLSONARO
“A CUT foi uma organização fundamental na luta contra o golpe, tendo tomado a dianteira na necessária mobilização dos trabalhadores contra a derrubada da presidenta Dilma.
O governo enfrenta uma profunda crise embalada pelo avanço da crise econômica (que tende a se agravar no próximo período) e pela enorme rejeição que o governo enfrenta por parte dos trabalhadores e da juventude, como se vê nas manifestações espontâneas no carnaval, nos atos públicos, nos shows etc. nos quais o “fora Bolsonaro” aparece como o grito mais popular ao lado do “Lula livre”.
A CUT, maior organização dos trabalhadores do País, além de se posicionar pelo “fim do governo Bolsonaro” deve convocar e organizar a mobilização pela derrubada do governo, pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas, pela convocação de novas eleições gerais, com Lula livre e Lula candidato.”
3. Contra o flagelo do desemprego, lutar pela redução da jornada máxima para 35 horas semanais
“O desemprego é a maior, das aflições que podem atingir um trabalhador sob o capitalismo.
No governo fascista de Bolsonaro, essa política nociva está sendo estimulada com a destruição da economia nacional, privatizações, terceirizações, extinção de cargos e congelamento de concursos públicos, implementação da reforma trabalhista etc.
É preciso lutar pela adoção de um plano de emergência de combate ao desemprego sob o controle das organizações operárias, pela estabilidade no emprego para todos os trabalhadores, escala móvel das horas de trabalho, pela imediata redução das jornadas de trabalho para 35 horas semanais, sem redução dos salários, pelo salário desemprego igual ao dos trabalhadores da ativa; por um plano nacional de obras públicas sob o controle dos trabalhadores e das suas organizações de luta.
Contra o desemprego, reduzir já a jornada de trabalho para 35 horas!”
4. Contra as privatizações, mobilizar os trabalhadores e ocupar os Correios e demais estatais
“O governo entreguista de Bolsonaro anunciou a decisão de privatizar os Correios e mais 17 empresas estatais, algumas delas estratégicas para o País, como o Serpro e a Dataprev que detêm e manipulam informações sobre toda população brasileira. O objetivo dos golpistas é entregar também toda a Petrobras, a CEF e o Banco do Brasil, completando a obra de destruição do famigerado governo FHC.
As consequências para os trabalhadores dessas empresas e para todo o povo brasileiro são drásticas e as privatizações não podem ser derrotadas por meras iniciativas parlamentares e discursos, inúteis atos nos dias de leilões etc. É preciso colocar em movimento a força da CUT e dos sindicatos, a força da mobilização dos trabalhadores.
É preciso realizar uma ampla campanha junto aos trabalhadores e à população; realizar plenárias e atividades unificadas dos trabalhadores das estatais e das suas organizações, construir comitês de luta contra a privatização e, principalmente, organizar a ocupação das empresas ameaçadas, como no caso dos Correios.”