Após assembleias online de sindicatos como Sedin e Sindsep junto a suas categorias e live na última segunda dia 8 de fevereiro reunindo o conjunto dos sindicatos de servidores (Sedin, Sindsep, Aprofem, Sinpeem, Sinesp) que contam com trabalhadores da educação em seus quadros foi anunciada a greve geral de toda educação municipal a partir desta quarta-feira 10 de fevereiro.
A importante aprovação da greve dos profissionais em educação do município de São Paulo, reflexo da aprovação da greve na rede estadual de São Paulo com a Apeoesp no último dia 5, define a unidade da luta dos professores de todo o Estado em seus mais importantes sindicatos contra os ataques genocidas dos governos fascistas do PSDB com Dória e Covas. A aprovação pelos professores estaduais e municipais colocam na prática a unidade da luta com uma mesma reivindicação e mesmo objetivo: Volta as aulas só com vacinação massiva da população.
As atividades sindicais dos municipários eram exigidas pela base de suas categorias desde o ano passado para deliberar plano de lutas contra o genocídio imposto e contra os abusos no trabalho dos professores nos trabalhos on line determinados pela Secretaria da Educação no município de São Paulo. No entanto, o maior sindicato de profissionais da educação do país, com mais de 80 mil filiados, o Sinpeem, que se encontra em paralisia total desde a decretação da pandemia em fevereiro do ano passado, não convocou NADA, sequer reuniões de representantes ou mesmo de conselho de representantes virtuais foram chamadas.
O resultado de tamanha revolta se viu na live organizada pelos sindicatos, onde mais de 5.200 profissionais da educação participaram e não tendo direito a fala, esses milhares se manifestaram através do chat e de maneira praticamente unânime as reivindicações eram de: greve já, assembleia, retorno só com vacinação, entre outros. A pressão escancarada no chat da live era o reflexo da revolta da maioria dos servidores da educação em especial com o Sinpeem, dirigido por Cláudio Fonseca, ex vereador pelo PPS, na base política de alianças, do então prefeito João Dória, que mantém os professores sem organização nenhuma em meio a tamanho ataque digno de Aushwitz, implementado por Bruno Covas.
O Sinpeem para não realizar assembleia da categoria, realizou enquete entre todos os seus filiados para supostamente tomar decisão sobre a greve, onde disponibilizou em seu site consulta sobre o posicionamento dos seus filiados sobre a questão de segurança nas unidades educacional e a possibilidade de greve da categoria com a determinação do governo de bruno Covas de insistir na retomada das atividades presenciais. No entanto, o resultado de tal enquete sequer foi disponibilizado para conhecimento da categoria. Nem assembleia, nem informação.
A decisão dos sindicalistas, pressionados por suas bases no entanto, levou a primeira atividade de rua com servidores da educação em mais de um ano nestas categorias em razão da total paralisia da maioria das direções sindicais, com a aprovação do seguinte calendário:
10.02 – Início da Greve com Ato-carreata em frente à Secretaria Municipal de Educação, com registro de Boletim de Ocorrência de Preservação de Direitos.
11.02 – Organização da greve por unidade de trabalho, profissionais da Educação farão reuniões online por local trabalho, com pauta unificada: Greve!
12.02 – Entidades realizam plenárias organizativas com seus/uas respectivos/as filiados/as, para discutir os próximos passos.
13 e 14.02 – Mobilização virtual para a continuidade da greve.
15 – Dia D Hora H – Continuidade da greve, atuação conjunta com movimentos populares, famílias e profissionais. Desenvolvimento de várias atividades.
Frente a total inatividade do principal sindicato da categoria o Sinpeem, as propostas das entidades sindicais, apenas destravam o freio de mão, mas não colocam o colosso dos professores municipais em movimento, para o que é necessário exigir a convocação de assembleias unificadas, além dos sindicatos municipais, também com os professores da rede estadual.
Pois a luta é uma só, não ao genocídio com greve geral da educação, volta as aulas só com o fim da pandemia. Além disso, a campanha contra a volta as aulas necessita sair das redes sociais e seguindo o exemplo do ato desta quarta-feira, sair às ruas para encurralar os governos genocidas e seus servos nazistas na secretaria da educação. É necessário a realização de panfletagens, reuniões com as comunidades escolares esclarecendo a realidade, piquetes, ocupações e a ampliação da greve para outros sindicatos da categoria. É preciso ampliar a luta e para isso a pressão dos servidores sobre as direções sindicais devem ser diuturnas, exigindo a saída da paralisia e a colocação dos recursos dos sindicatos a favor da vida de suas categorias.
Os professores na prática exigiram a unificação de toda a luta contra o genocídio ao aprovarem a deflagração das greves praticamente simultâneas. Essa é a força capaz de derrotar os governos genocidas do Estado de São Paulo e também mostra o caminho a seguir em todo o país, unificação dos professores, numa greve geral da educação Nacional. E isto, é obrigação da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), através da imediata deliberação por suas instâncias de decisão da greve Nacional da Educação.