A produção industrial caiu 0,6% em junho, no segundo mês negativo seguido. Houve piora em 17 das 26 atividades e em todas as categorias econômicas de bens intermediários, de consumo e de capital.
Indústria brasileira operou 17,9% abaixo do ponto mais elevado da série histórica, alcançado em maio de 2011, durante o governo do PT.
“Por categorias econômicas, todas acumulam queda na passagem de maio para junho”, enfatizou, André Macedo, gerente da Pesquisa do IBGE.
Acumulado no semestre
A indústria fechou o primeiro semestre com queda de 1,6%. “A partir do segundo semestre de 2018, vê-se que a produção industrial perde fôlego, apontou o IBGE.
É o terceiro trimestre seguido de quedas.
Atividades e setores
Quedas em produtos alimentícios: o tombo foi de -2,1%. Máquinas e equipamentos, -6,5%. Veículos automotores, reboques e carrocerias,-1,7%.
Juntos, esses setores representam 1/3 da produção total. “São segmentos que precisam de uma demanda doméstica fortalecida”. Demanda impossível, já que, dependente de renda dos consumidores. Como renda ter, se “mercado de trabalho encontra-se longe recuperação”, explica Macedo, gerente de pesquisas do IBGE.
Houve perdas em todas as grandes categorias econômicas. A mais intensa, de 1,2% em bens de consumo semi e não duráveis. As demais não foram diferentes, bens de consumo duráveis (-0,6%), de capital (-0,4%) e intermediários (-0,3%).
Nem deixando de fora a indústria extrativa, a situação melhora, “Se considerar apenas a indústria da transformação, ainda assim a queda da atividade industrial seria 1,6%”, disse Macedo.
“A indústria está longe de mostrar qualquer sinal de recuperação”, afirmou.
Tem muita gente fora do mercado de trabalho, há aumento dos estoques da indústria, perdas por causa da crise na Argentina, são fatores que impedem qualquer otimismo.
Liquidação da indústria brasileira é histórica, é contínua, não para.
A participação da indústria no PIB nacional foi já foi de 21,4% há 50 anos, hoje é 12,6%, Segundo o IEDI – Instituto para estudos do Desenvolvimento Industrial.
Derrocada iniciou na ditadura militar (1964). Parcialmente contida nos governos do PT (2003 a 2016). Voltou a desabar de vez com o golpe de estado em 2016, mas especialmente neste ano primeiro do governo Bolsonaro.
É política histórica da direita entreguista, a desindustrialização do País.
Nunca antes Brasil esteve tão subserviente, capacho, entreguista presidente.
100 de nossas 160 estatais, presidente privatizará, digo, entregará ao capital internacional, em especial, para os Estados Unidos, pra cuja bandeira, Bolsonaro bate continência.
Brasil volta a ter nível industrial do tempo da República Velha, denuncia ex-presidente do IPEA, Marcio Pochmann.
“Grande exportador de minério de ferro, sequer fábrica Brasil tinha para enxada, aqui fabricar”. De volta para o passado. É para essa época que o Golpe está a levar a Indústria do Brasil.
Um processo histórico, inexorável, para o Brasil se adaptar ao oque, o império quer. Um Brasil exportador de comodities, à vis preços, e importador de produtos industrializados. Eduardo Galeano, já em 1970 denunciava que era “as veias abertas da América Latina”, o que saudoso Brizola traduzia naquilo que comumente denunciava, as “Perdas Internacionais”.