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Greve já!

Portuários: greve por vacina e por mobilização!

Os dias 26 e 29 de maio poderão ser como um estopim aceso para os trabalhadores contra as atrocidades dos patrões e seu governo

Adeptos da política do fique em casa, enquanto os trabalhadores têm que sair todos os dias para trabalhar, sendo esses os principais alvos da pandemia do coronavírus no País, as direções sindicais insistem em não abrir entidades e, nas negociações, em lives, adiam qualquer possibilidade de mobilização e greve, como ocorreu com os portuários no dia 12 desse mês de maio.

Na última segunda-feira (17), os portuários se reuniram de forma virtual, proposta pela Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e pela Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias (Fenccovib), para debater sobre a vacinação na categoria. Uma reunião a qual não se chegou a um acordo quanto à paralisação da categoria dos portuários, apesar da situação ser de urgência, devido ao enorme contingente de contaminados e mortos pela Covid-19 entre os trabalhadores desse setor.

O debate sobre a paralisação só ocorrerá no próximo dia 1° de junho, no entanto, os trabalhadores ficam esperando, quem sabe a pandemia dê uma trégua ou, o governo golpista do ilegítimo Bolsonaro resolva vacinar a todos, quem sabe? Este governo criminoso que está deixando chegar a meio milhão de mortos no País, em dados oficiais.

A ideia é pressionar o Governo Federal a divulgar um calendário de vacinação da categoria. Para isso, as entidades devem realizar uma assembleia local, em um dado momento que ainda será definido.

Direito só para alguns

Enquanto a maioria dos trabalhadores é colocada à própria sorte, as únicas categorias que foram vacinadas estão ligadas aos órgãos de repressão, guarda civil metropolitana, um policial militar ou civil, a Guarda Portuária, a qual está inserida no Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e, por isso, tem direito à imunização no grupo prioritário que inclui policiais. A corporação também faz parte da Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Cesportos).

Também por esse motivo, a vacinação ocorreu na sede do Comando de Policiamento do Interior (CPI-6). No mesmo local, foram imunizados os profissionais que atuam na segurança pública.

Pressão dos portuários

Na semana passada, um protesto em frente à sede da Autoridade Portuária de Santos (APS) marcou o movimento no cais santista. Mesmo assim, União, Estado e município ainda não apresentaram um plano para a categoria.

Atos semelhantes foram realizados em vários complexos portuários do País. Entre eles, estão portos localizados no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Norte, na Bahia e em Santa Catarina, o que amplia a pressão sobre o governo federal. Isto porque, em janeiro, o Ministério da Saúde incluiu os trabalhadores portuários no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. Porém, até agora, não foi divulgado um calendário de vacinação.

O presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos e Região (Sindestiva), Bruno Silva, afirmou que o sindicato irá esperar a vacinação até o dia 31 de maio que foi o prazo falado pelo governo. Ele afirma que “caso não sejamos vacinados, dia 1º de junho, outra reunião será feita para deliberarmos outra mobilização nacional mais robusta”.

A mobilização dos trabalhadores portuários é demonstração de que não estão dispostos a ficar esperando pela boa vontade do governo, o que, aliás, não faz parte do dicionário desses criminosos que se apoderaram do Estado através do golpe. É só ver a situação que já é catastrófica do País.

Conforme a Associação Brasileira dos Terminais Portuários, são 111.397 trabalhadores portuários no País.

Para o presidente da CLP, deputado Waldenor Pereira (PT/BA), o risco do contágio é real, há o contato com pessoas de vários países e a manipulação de cargas.

Três grandes federações de trabalhadores portuários querem uma agenda para essa vacinação e não há previsão para o início da imunização, o que faz aumentar a chance de surtos nesses locais.

O presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra, lembra que o setor portuário brasileiro movimentou 1,151 bilhão de toneladas em 2020, um crescimento de 4,2% em relação a 2019. E a recompensa é essa, não tem vacinação e só falam em privatização.

O Sindestiva de Santos, município do estado de São Paulo, dize que pretende estudar uma paralisação de 24 horas, a pressão dos trabalhadores está começando a surtir efeito.

É preciso entrar em greve já! Até que seja atendida às reivindicações dos portuários. Com o setor paralisado, as chances são maiores de que o criminoso governo federal atenda essas necessidades prementes dos trabalhadores, a exemplo da pandemia da Covid-19, onde os trabalhadores e o conjunto da população pobre estão sendo contaminados e mortos como moscas.

Várias categorias estão se mobilizando

Diante da situação catastrófica em que os governos criminosos, tanto federal, estaduais e municipais estão colocando o país, os trabalhadores, bem como o conjunto da população explorada, começaram a se movimentar contra tal sorte de coisas e, um dos principais exemplos disso foi tanto o 31 de março, no contra ato que ocorreu na avenida Paulista e o ato de comemoração ao 1° de Maio, dia internacional de luta da classe trabalhadora, impulsionadas pelo PCO e os comitês de luta, na praça da Sé e que, a partir daí, várias outras mobilizações começaram a ser realizadas.

A bolha que estava envolta à política de falsa preservação – do fique em casa -, começou a se romper.

Nos próximos dias 26 e 29 de maio ocorrerão atos de luta dos trabalhadores nacionalmente, o que foi decidido entre 400 representantes, incluindo várias organizações dos trabalhadores, como a Frentes Brasil Popular, a CUT, o MST, a CMP, entre outras entidades. Esse ato deve pode se tornar um marco importante para intensificar a luta dos trabalhadores contra os ataques dos patrões e seu governo, sejam eles Federal, Estaduais e municipais.

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