Nesta quinta-feira (23/07), representantes das 200 famílias do Projeto Mangabeira se reuniram com o comando da Polícia Militar e a família de grileiros que se diz “dona” da área devoluta, Vanessa Dasílio Coser, no município de Porto Seguro (BA).
A reunião foi uma demonstração de que o judiciário e a polícia militar querem jogar essas 200 famílias e destruir suas casas e o meio de vida durante o pior momento da pandemia de coronavírus e da completa falta de emprego e renda devido a crise econômica.
O judiciário, na pessoa do juiz Fernando Paropat e a polícia militar ignoram completamente o fato de que a família de grileiros representada por Vanessa Dasílio Coser não possuir nenhuma documentação da área e a própria CDA (Coordenação de Desenvolvimento Agrário) já comprovou sendo terra devoluta e em processo de regularização para o Projeto Mangabeira.
É preciso impedir da maneira que for necessária o despejo
Diante desse quadro onde a justiça e as forças de repressão do Estado se unem com grileiros de terra, impulsionadas pela política genocida de Jair Bolsonaro, para jogar nas ruas milhares de pessoas é preciso que as organizações da esquerda e a classe trabalhadora estejam juntos para impedir o despejo.
Atos e fechamentos de rodovias, além de criar formas dentro da área para impedir a reintegração de posse se fazem necessárias. A direita avança contra as famílias e os trabalhadores e suas organizações devem dar uma resposta a essa ofensiva, não somente contra as famílias do Projeto Mangabeira, mas de todos os trabalhadores que necessitam de meios para sobreviver.
Na próxima quarta-feira, dia da reintegração de posse é necessária uma grande mobilização para impedir a ação da Tropa de Choque contra as famílias.
Convocamos aqui todos os ativistas, militantes e pessoas que não aceitam esse crime contra os trabalhadores de jogar milhares de pessoas nas ruas e destruir suas casas se desloquem para o Projeto Mangabeira.