"Ditadura do Proletariado"

Para a Globo golpista, esquerda nas ruas é inconstitucional

Promotora do golpe de Estado e do regime golpista, Rede Globo e todo PIG, atacam liberdade de expressão e manifestação para defender a ditadura dos banqueiros conrta o povo

Com o cinismo que lhe é peculiar, a Rede Globo de Televisão, ao cobrir o ato por Fora Bolsonaro, do último domingo, dia 14, na Avenida Paulista, convocado pela Central de Movimentos Populares (CMP), do qual participaram mais de mil pessoas, incluindo representações de todos os partidos da esquerda, entre eles grupos menores não legalizados eleitoralmente, resolveu usar como pretexto para atacar a manifestação uma faixa levada pelos companheiros pelo agrupamento Partido Operário Revolucionário (POR), com os dizeres “ditadura do proletariado”.

A Globo, defensora da ditadura dos banqueiros e dos grandes monopólios (como é o caso da própria Rede), que foi uma das artífices do golpe de Estado de 2016, que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita pela maioria do eleitorado brasileiro (54 milhões de votos, em 2014), para erigir um regime ditatorial contra a esmagadora maioria do povo atacando não apenas seus mais elementares direitos democráticos, como também destruindo, como nunca, mas condições de vida, resolveu atacar a esquerda e a própria manifestação dizendo que defender a “ditadura do proletariado”, ou seja, um governo da maioria do povo, que trabalha e constrói a riqueza da nação contra a minoria de parasitas que desfrutam da expropriação da riqueza produzida, sem trabalhar.

Justamente por sua função  de direção do Partido da Imprensa Golpista (PIG), a “acusação” foi reproduzida em dezenas de outros órgãos,  “centralizados” politica e economicamente pela Globo.

A crítica da Globo, logicamente nas tem a ver com o interesse em promover um debate político ou mesmo deferir um ataque particular contra um pequeno grupo da esquerda, é parte da imensa operação que setores da burguesia golpista vem realizando de atacar os protestos por ele considerados “antidemocráticos”, destacadamente contra os bolsonaristas (como se vê na prisão e investigações em andamento nos últimos dias), que nada têm a ver com estabelecer limites para as manifestações, justamente no momento em que verifica-se um crescimento das mobilizações que reivindicam o fim do  governo Bolsonaro.

O ataque contra o suposto caráter antidemocrático dos atos da esquerda, é parte da intensa campanha que a  imprensa burguesa tem feito de que os atos coxinhas contra o STF são antidemocráticos e que por isso poderiam ser proibidos. Também nesse caso,  o objetivo maior não é atingir os bolsonaristas, embora haja um grande interesse em controlar a extrema-direita e o próprio Bolsonaro, mas sim utilizar o precedente para ir para cima da esquerda e controlar todo tipo de manifestação. Em resumo, um dos setores mais poderosos da direita golpista, que – neste momento – tem atritos com Bolsonaro e a ala que comanda o governo, busca conter as mobilizações, e impor sua política de controlar o governo , no momento em que se levantam manifestações por todo o País com potencial para colocar de pé uma enorme onda que expresse a revolta popular, no momento em que o Pais caminha para ultrapassar a marca de 50 mil mortos, dezenas de milhões de desempregados e famintos.

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