A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) concedeu uma entrevista ao portal Poder 360 e revelou que possui divergências pontuais com o governo Bolsonaro, que teria mais erros do que acertos.
A entrevista bem chapa branca foi revelando que a deputada concorda com alguns ataques realizados pelo governo Bolsonaro contra os trabalhadores, como a reforma da previdência, a qual ainda defende e não faz nem mesmo demagogia depois da repercussão negativa do seu voto favorável: “A gente tem coisas boas, como o que aconteceu com a reforma da Previdência”.
Chegou a afirmar que o governo Bolsonaro erra muito não porque ataca os trabalhadores, mas porque não teria entendido que a eleição acabou. Segundo ela
“o governo erra ao não entender que a eleição acabou, o governo erra ao não dialogar com seus opositores, a não dialogar com quem pensa diferente, o governo erra ao travar uma guerra ideológica”.
Essa afirmação revela bem qual é a política de Tabata Amaral, pois sequer aponta os verdadeiros ataques do governo Bolsonaro aos trabalhadores e à população. Para ela, os únicos erros do governo Bolsonaro é não dialogar e travar uma guerra ideológica. E a pergunta que fica é qual seriam os “acertos” do governo Bolsonaro?
Os acertos seriam a reforma da previdência, a reforma trabalhista, os cortes na área da educação, os ataques aos trabalhadores do campo, aos indígenas, à cultura e a destruição do sistema de saúde. É claro que isso nem foi citado na entrevista, mas Tabata Amaral concorda no fundamental com a política fascista de Bolsonaro: os ataques aos trabalhadores.
Lembremos que a deputada é financiada por Jorge Paulo Lemann, por meio de uma fundação que tem o nome dele, sendo ele uma pessoa de confiança da burguesia nacional e do partido de Ciro Gomes, que aprovou a privatização da água. A entrevista de Tabata revela um pouco mais que apoio aos ataques de Bolsonaro, pois, sendo uma representante direta da burguesia nacional, trabalha para ela e busca um acordo com os fascistas e a convivência com Jair Bolsonaro. Isso porque a burguesia, assim como Tabata, concordam com os ataques aos trabalhadores realizados por Bolsonaro, ataques esses que ele conseguiu perpetrar e que governos anteriores não conseguiram.
É preciso ficar claro que a burguesia e a direita dita “civilizada” não querem a derrubada de Bolsonaro. Querem apenas tirar os excessos dele, como declarações e “ataques” exagerados em público. Por isso engendraram a frente ampla, um acordo de bastidores com setores da esquerda. Seja qual for a ação que essa frente tome, não vai dar em nenhum resultado satisfatório para os trabalhadores e para a luta contra o fascismo.