Após publicação da resolução 5.849, feita pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) no Diário Oficial da União na última quinta (18), os caminhoneiros reagiram anunciando a preparação de uma nova greve para esta segunda (22).
Segundo o presidente do Sindicam de Londrina, Carlos Roberto Delarosa: “Se essa tabela for mantida o governo estará assinando a sentença de morte da categoria, logo nós que tanto apoiamos o presidente… Com esses valores vamos trabalhar de graça.”
A resolução publicada trouxe novos valores mínimos de fretes elaborados a partir de um estudo feito pela Esalq-Log da USP (Universidade de São Paulo), 11 categorias novas de carga e mudança na forma de calcular o frete. O resultado é que a nova resolução baixa, por ex., 40% o valor mínimo do frete a granel, segundo cálculos feitos pela Revista Carga Pesada.
De acordo com matéria do Portal Atropofagista: “o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, deve se reunir com os representantes dos caminhoneiros e outras entidades, como o CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) para discutir a nova tabela de fretes. Nos grupos, no entanto, os caminhoneiros reafirmam que não vão arredar o pé. E se, de fato, houver uma reunião com o ministro, ela terá de ser feita ‘na pista’.”
Essa crise na categoria reflete o aprofundamento geral da crise do governo golpista de Bolsonaro, uma vez que parte dos caminhoneiros é base de apoio de Bolsonaro. Sinaliza que a tarefa da esquerda segue sendo se solidarizar a greve da categoria e impulsionar que outras categorias também entrem em greve.