Desde o começo da pandemia um assunto relativo à vida familiar que afeta especialmente as mulheres veio à tona: aos cuidados de quem ficarão as crianças? Como sabemos, em março, o primeiro setor a entrar em quarentena e suspender as atividades foi o da educação, incluindo as creches. Com isso, algumas outras atividades sociais e econômicas foram sendo suspensas, ao menos presencialmente, contudo, os resultados dessa política parcial e desigual afetaram muitas mulheres operárias que continuaram a trabalhar.
Ao passo que a política de quarentena dos políticos “científicos” se esvaziou e as atividades, uma a uma, foram restabelecidas levando à necessidade ainda maior de apoio às mulheres nos cuidados com seus filhos. Porém, mesmo depois do fim da quarentena na maior parte do Brasil, a maioria das escolas e creches permanecem fechadas, mas, com cada vez mais pressão para reabertura no pico da pandemia, o que é uma verdadeira política assassina.
Ou seja, a posição atual da mulher é a de ter de escolher entre ir trabalhar e deixar seu filho sem segurança e em condições precárias, para manter o emprego e garantir a renda da família, ou cuidar dos próprios filhos às custas da sua contribuição para renda familiar, quase sempre essencial para sobrevivência. O que na prática é não ter escolha!
Seja por obrigação do governo, seja pelo sustento da família, a política se encaminha para a manutenção dos lucros dos capitalistas ao custo das vidas da classe trabalhadora, dos direitos fundamentais e da precarização do modo de vida da população mais pobre. Em especial, as mulheres, que não contam com apoio do estado e que durante a quarentena tiveram suas instituições de apoio fechadas, seus direitos negados, além de serem obrigadas a largar os empregos, se não, demitidas.
É importante ressaltar que a política bolsonarista, assim como a política “científica” dos governadores, segue nessa direção e tem na política de reabertura das escolas um grave aprofundamento! Precisamos de uma política que garanta a renda familiar durante a pandemia! Precisamos reverter as demissões! Precisamos ter o direito de não enviarmos nossos filhos às escolas, não podemos ser obrigadas a aceitar e cooperar pacificamente com a política de genocídio que a reabertura sem vacina significa! Para tanto, precisamos ter asseguradas as condições para sobrevivência e resguardo das mulheres proletárias e suas famílias durante a pandemia!
E o mais importante, não podemos esperar de Bolsonaro e dos golpistas que voltem atrás! Precisamos ir às ruas pedir o Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Pedir eleições gerais já! Pedir a restituição dos direitos políticos do companheiro Ex-Presidente Lula, pois eleição sem Lula é fraude!