A ex-ministra e atual candidata a presidência pelo Partido Rede Sustentabilidade, Marina Silva, participou, na última quarta (19), do Fórum “Amarelas ao Vivo”, organizado pela Veja.
Lá ela afirmou ser contrária à legalização do aborto, o que representa um ataque direto a todas as mulheres. Quando questionada sobre o tema, disse que, caso a medida fosse aprovada pelo congresso, ela vetaria.
O posicionamento de Marina não surpreende. A direitista representa os interesses da burguesia. A política da direita é caracterizada pela prática constante de opressão as mulheres, reforçando a condição de escravização social das mesmas. Para a evangélica, o direito de uma mulher decidir o que julga mais conveniente a sua vida e seu corpo, não vale nada. O que importa é que elas reproduzam nova mão de obra ao sistema e que cuidem do lar.
Quando questionada sobre outros posicionamentos polêmicos, como conceder indulto ao ex-presidente Lula, Marina afirma que jamais faria isso. Para ela, os candidatos utilizam esse discurso exclusivamente para ganhar votos. Em sua visão, Lula não é um preso político. A candidata também apoia a operação Lava Jato e o “combate à corrupção”. Melhor dizendo, Marina apoia a direita e a criminalização de todos os que não representam os interesses da burguesia.
É importante que se tenha a clareza de que a única forma de derrotar o golpe e conceder direitos fundamentais das mulheres é através da mobilização popular. As grandes conquistas obtidas por elas, e por toda classe trabalhadora, de forma geral, foi através das ruas e não das urnas.