Neste ano, o Partido da Causa Operária, juntamente com os Comitês de Luta, está organizando o ato do 1º de Maio classista, de luta e socialista, pelo Fora Bolsonaro. A atividade é de importância fundamental na atual situação do País, na qual devido ao aprofundamento da crise econômica e a crise do coronavírus, milhares de trabalhadores estão caminhando para uma situação catastrófica de desemprego em massa, fome e miséria. Isso é resultado da política imposta pela direita golpista, desde a derrubada do governo Dilma do PT. Primeiro com o governo golpista de Michel Temer, do MDB, por meio da aprovação de medidas como a PEC do teto dos gastos, a “reforma” trabalhista, a terceirização, e posteriormente com o governo ilegítimo de Bolsonaro, o qual atua como um verdadeiro genocida contra o povo pobre do país.
O ato de 1º de Maio visa portanto agrupar os setores de luta, combativos, aqueles que se mobilizaram na prática contra o golpe de estado, contra a prisão do ex-presidente Lula, e levantar um programa de luta que atenda as reivindicações mais sentidas de toda a classe trabalhadora nesse momento de grave crise. O ato também é uma oposição à política capituladora e de traição de praticamente todas as direções da esquerda nacional, as quais neste momento onde o povo passa fome e morre doente nas ruas, propõe como saída a aliança com os principais inimigos da população, a política de frente ampla com os organizadores do golpe de estado de 2016, aqueles que aprovaram todas as medidas de ataque aos direitos do povo, como a reforma da previdência, a terceirização, etc,. São eles: Fernando Henrique Cardoso, João Doria, Rodrigo Maia, Wilson Wtzel, inimigos do povo e de toda a classe trabalhadora.
No ato classista de 1 de maio serão levantadas também as reivindicações do povo negro. Neste momento de crise, os negros são os mais atacados pela direita golpista. São eles que aparecem em primeiro lugar nos índices de desemprego, que se aprofundam na miséria social que toma conta do país. O avanço da direita representa também o avanço da chacina dos negros nas periferias da cidade, como se viu no final do ano passado em Paraisópolis em São Paulo, onde dezenas de jovens foram brutalmente assassinados pela polícia de João Doria, como se vê todos os dias.
São os negros também a maioria nos presídios nacionais, verdadeiras masmorras penais. Em um país onde metade da população carcerária é composta por presos provisórios, os presídios se constituem em verdadeiros campos de concentração da população pobre e preta
Nesse sentido é preciso levantar um eixo de luta e mobilização para os negros, que passa, necessariamente, pelo fim da Polícia Militar, o fim dos presídios, pela luta contra o desemprego, às demissões, a defesa da igualdade salarial, da saúde e da educação pública, do direito à auto defesa, ao armamento, etc.
É preciso vincular esse programa a luta de todos os setores explorados do país. O Coletivo de Negros João Cândido faz um chamado a todos setores combativos que se somem no 1 de maio de luta, socialista e pelo Fora Bolsonaro.