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Justiça admite que sítio de Atibaia nunca foi de Lula e expõe a farsa da condenação

Fernando Bittar, dono do famoso sítio de Atibaia que era atribuído pela direita golpista ao ex-presidente Lula, foi autorizado pela justiça a vendê-lo. A autorização saiu do Ministério Público Federal (MPF). É o mesmo MPF que acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser “dono” do sítio para condená-lo por suposto recebimento de vantagens por meio de reformas feitas no sítio de Fernando Bittar.

A direita golpista utilizou o Judiciário para realizar uma perseguição política contra o ex-presidente. Por isso seus processos estão cheios de anomalias jurídicas. E por isso suas condenações não são apoiadas por provas. Lula foi condenado por Sérgio Moro no caso do triplex por “ato indeterminado”, exclusivamente com base na delação de outro réu no processo, que mudou seu depoimento no meio do processo, obtendo vantagem por isso, por orientação de seu advogado.

Agora, no caso do sítio de Atibaia, foi condenado por Gabriela Hardt, substituta de Moro, com uma sentença copiada do processo anterior, conforme ficou demonstrado por perícia apresentada pela defesa. Hardt inclusive esqueceu de tirar o triplex de sua sentença copiada. Na última página do processo, o sítio vira triplex.

Nem é e nem não é, muito pelo contrário, ou não

Com o reconhecimento da justiça de que o sítio não é de Lula, mas de Fernando Bittar, o Judiciário está afirmando que o sítio de Atibaia é de Lula mas não é de Lula. O sítio é de Lula, mas o dono é Fernando Bittar. O sítio é de Fernando Bittar, portanto ele pode vendê-lo, mas o sítio é de Lula, portanto ele pode ser condenado. O sítio é de Fernando Bittar mas é de Lula, é de Lula mas é de Fernando Bittar. O sítio é de Lula, mas não é de Lula, por isso outra pessoa vai vender o “sítio do Lula”, que não é de Lula. Seria divertido se não tivesse consequências. É com base nesse tipo de raciocínio que os golpistas estão mantendo Lula preso. Nem se dão ao trabalho de apresentar uma história crível para encobrir o arbítrio e a perseguição.

Libertar Lula com o povo na rua

Já ficou mais do que comprovado que Lula não tem direitos. Sua defesa é massacrada nos tribunais por fora da lei, e seus advogados foram inclusive espionados, o que por si só já seria absurdo suficiente. Os processos contra Lula são políticos e não podem ser vencidos apenas por vias judiciais. Para que Lula seja solto, é preciso que haja mobilização popular. As instituições golpistas estão organizadas para mantê-lo preso, porque Lula desestabilizaria o regime político ainda mais, colocando o programa da direita golpista em risco e polarizando a situação ainda mais.

Do ponto de vista dos trabalhadores, isso é justamente o que precisa acontecer, para derrotar a direita golpista e impedir os ataques aos trabalhadores. Por isso também, além de ser uma questão de autodefesa das organizações operárias, a defesa da liberdade de Lula tornou-se uma reivindicação central na atual crise nacional. É preciso ir às ruas exigir tanto a queda do governo quanto a liberdade de Lula, para que ele possa participar de novas eleições gerais, que seriam uma reversão da fraude do ano passado e uma saída para a crise política.

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