A imprensa capitalista e golpista deu ênfase nos últimos dias à ausência do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e outros dirigentes importantes do Partido dos Trabalhadores, como a ex-presidenta Dilma Rousseff e a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, entre os signatários dos Manifestos, no último fim de semana, reunindo assinaturas de dirigentes de partidos da esquerda burguesa e pequeno burguesa (PSB, PDT, PCdoB e PSOL) e da direita golpista, ou do “centro” (PSDB, PV, Rede, Cidadania/PPS etc.), de artistas e “analistas” vinculados a esses setores e, destacadamente, ao PIG (Partido da Imprensa Golpista), como os vinculados à ultra golpista Rede Globo, como Luciano Huck, Demétrio Magnoli etc.
Essa imprensa realiza uma campanha aberta a favor desses manifestos, destacadamente, do manifesto amarelo do “Juntos”, que não tem uma única palavra a respeito do governo Bolsonaro, não defende sua saída, sendo um verdadeiro documento de defesa da continuidade, “sob controle”, do seu governo. Defendem também o documento por conta de que esse não se coloca a favor de nenhuma reivindicação dos trabalhadores diante da situação, uma vez que a maioria dos seus signatários são totalmente favoráveis à política antioperária de ataques à população explorada levadas adiante pelos governos golpista de Temer e Bolsonaro, que eles ajudar a chegar à presidência da república, por meio do golpe de 2016 e da fraude das eleições de 2018.
Cinicamente, a imprensa procura aparentar surpresa sobre a ausência das assinaturas de Lula e demais dirigentes petistas, quando sabe que a frente ampla, construída em torno desses Manifestos, representa a tentativa de construir uma ampla bloco político de “oposição” ao governo Bolsonaro que exclua Lula, o PT e toda a esquerda que não se coloque 100% de acordo com a politica de “virar a página do golpe”, deixar Bolsonaro e abandonar qualquer possibilidade de luta pelas reivindicações da população pobre e trabalhadora.
Acertadamente, Lula e outros petistas, rejeitaram assinar o Manifesto (que contou com assinatura do ex-prefeito Fernando Haddad, designado por Lula – tempos atras – como “o mais tucano dos petistas”), afirmando entre outras coisas que “FHC e Temer não são democratas ao recusar se sentar com eles para debates”, que “não considera mais que os dois, que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff, são democratas”.
Segundo destacou o pasquim tucano Folha de S. Paulo, “Fernando Henrique foi ativo nas articulações pelo impeachment, apoiou pautas anti-sociais de Temer e nunca se contrapôs à máquina de fake news bolsonaristas ou ao que definem como perseguições judiciais a Lula”.
O ex-presidente denunciou também o fato de que o Manifesto não levantava qualquer reivindicação em defesa dos trabalhadores. Junto com Dilma e Gleisi, ele defendeu na reunião do Diretório Nacional do PT, nesse começo de semana, que o partido se posicionasse pelo Fora Bolsonaro e apoiasse as manifestações que começam a se espalhar pelo País.
Os ataques a Lula e ao PT pela imprensa golpista, mais uma vez visa atacar a mobilização que se levantar, defender a reacionária frente ampla evitar a polarização entre a população e os golpistas, para proteger Bolsonaro e seus pais.