À luz dos protestos pró-imperialistas realizados em Hong Kong do meio de 2019 para o começo desse ano, o governo chinês declarou que irá implementar o que tem chamado de leis de segurança de Hong Kong. Este conjunto de medidas consiste na criminalização de atos de “separatismo, subversão, terrorismo, qualquer comportamento que ameace gravemente a segurança nacional e interferência estrangeira.”
Com a divulgação deste novo plano de segurança nacional, novos protesto violentos emergiram em Hong Kong. Vale lembrar que estas manifestações possuem o mesmo caráter das que ocorreram anteriormente na região: são financiados pelo imperialismo e possuem como objetivo principal a dominação econômica e política do local por parte dos Estados Unidos. Prova disso são as inúmeras bandeiras estadunidenses e inglesas que marcam presença no movimento. Ademais, a própria organização da movimentação possui laços extremamente próximos com parlamentares e diplomatas americanos.
A medida implementada pelo governo de Xi Jinping tem causado grande polêmica dentro da mídia liberal e pequeno-burguesa internacional. Como ocorreu com os protestos de meses atrás, a esquerda se uniu à direita e ao imperialismo, expondo opiniões extremamente conformistas e coniventes. Aparentemente, é de consenso geral que o governo da China age com extrema malícia ao suprimir ditos protestos. Órgãos internacionais denunciam a situação como se fosse um grande ato anti-humanitário por parte do estado, com caráter completamente autoritário.
Todavia, é evidente que esse tipo de ultraje é extremamente seletivo. A Inglaterra, por exemplo, tem sido vocal expoente em meio à essas denúncias. Afirma estar preocupada com a situação humanitária na China, promovendo uma defesa da soberania do povo honconguês. Existe cinismo mais escancarado do que uma potência imperialista defendendo questões sobre os direitos humanos?
Precisamos lembrar que Hong Kong ficou sobre a dominação do império britânico durante 155 anos (1841-1997) após a China não aceitar a introdução da indústria inglesa do ópio em seu território. Só o começo da história já demonstra caráter extremamente oportunista por parte da Inglaterra. Indo além e analisando o durante da ocupação britânica, pode-se perceber uma administração completamente anti-humanitária, que desmontou o complexo econômico da região, substituindo-o por um modelo totalmente colonial. Portanto, fica claro que a preocupação inglesa com as atividades em Hong Kong é completamente falsa, demonstrando uma posição infestada de falso moralismo imperialista.
No final das contas, a demagogia imperialista possui único propósito de acobertar a verdadeira ditadura que promove ao redor de todo o mundo. A pandemia do coronavírus deixa isso evidente. É a famosa política do “fala mas não faz”. Enquanto o imperialismo promove um discurso leve, moral e filantropo; proporciona a reabertura comercial em inúmeros países, em meio à maior crise de saúde do último século. Logo, é irrefutável que a burguesia – representante do imperialismo – só se preocupa com seus próprios interesses. Finalmente, já é sabido que Estados Unidos e China estão em uma intensa guerra econômica. Por conseguinte, Trump fará de tudo para conquistar a região, tanto economicamente quanto politicamente.