Nesta semana, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou, sob o inquérito dos chamados “atos antidemocráticos”, que as redes sociais das páginas bolsonaristas, como no Facebook, Twitter e Youtube passassem a fornecer à justiça dados sobre a monetização de páginas que estariam promovendo ataques às instituições burguesas.
Dessa forma, blogueiros e militantes fascistas terão suas informações apuradas para ver se estão recebendo dinheiro para promover estas postagens. Com este pretexto, páginas como Folha Política, Terça Livre, Nação Patriota, entre muitas outras, tiveram com determinação de Moraes a entrega de informações.
As razões, como eram de se esperar pela propaganda burguesa, seria a bela luta pela “defesa da democracia”. Essa suposta luta, que visaria acabar com os chamados “atos antidemocráticos”, um termo aberrante para a luta política, e defender o país do fascismo, é o pretexto mais simples para abrir-se uma verdadeira campanha de perseguição política no país.
Como sempre, a burguesia utiliza suas ferramentas descartáveis, impopulares, para iniciar uma campanha de censura e repressão contra a população. Assim como no dito “combate ao fake news” que iniciou com os blogs fascistas e terminou por acusar fóruns da esquerda de promoverem desinformação, a política de censura e entrega de informações sob a acusação de receberem dinheiro externo é um prato cheio, já há tempos utilizado pela própria imprensa burguesa contra os partidos da esquerda.
Vale lembrar, que a mesma burguesia já acusou diversas vezes o PT e Lula de receberem dinheiro do exterior em supostas negociações. O mesmo repete-se em outras acusações de financiamento partidário, etc. Dessa forma, a campanha iniciada contra uma minoria dos fascistas, tende a apenas voltar-se contra a esquerda.
Este é o mesmo judiciário do golpe, o mesmo que impulsiona junto aos militares um avançar da ditadura no país. Estes fascistas hoje utilizados como pretextos, estão longe de ser a ameaça central para a burguesia, esta representada por toda esquerda.