As mobilizações do dia 15 de maio revelaram uma nova etapa do movimento de luta contra o governo Bolsonaro e o golpe. Em cerca de cinco meses de governo, Bolsonaro já está sendo alvo de protestos de milhões de trabalhadores por todo o país.
A greve da educação foi a expressão de uma ampla tendência de mobilização contra o governo fraudulento. Como se sabe, Bolsonaro foi colocado no poder por meio de uma manobra eleitoral, que impediu o candidato da ampla maioria da população (Lula) de participar das eleições.
Sua suposta “popularidade” foi uma farsa criada artificialmente pela imprensa golpista, como revelou o Carnaval e os protestos do dia 15, quando milhões de trabalhadores saíram às ruas contra o governo. Sua base minoritária está ficando cada vez menor, limitando-se aos setores mais radicalizados da direita: os fascistas.
Desta forma, a total impopularidade de Bolsonaro, que é a continuação do governo golpista de Michel Temer, expressa em menos de seis meses de governo, revela que a grande maioria da população não apoia o governo golpista.
Por isso, se a população não apoia Bolsonaro, a única saída democrática é exigir a derrubada do governo golpista com a realização de novas eleições. Somado a isso, o fato de o governo ter sido “eleito” de forma totalmente antidemocrática, é mais um dos fatores pelo qual as organizações populares, os partidos de esquerda e os movimentos sociais devem mobilizar os trabalhadores em torno da palavra de ordem “Fora Bolsonaro”.
Não é momento de hesitar: é hora de aproveitar a crise generalizada do governo e do regime golpista para derrotar toda a direita e impedir a realização dos ataques contra a população. É preciso derrubar o governo e exigir as reivindicações populares contra a crise dos capitalistas.
A esquerda tem que intensificar a luta contra o regime golpista, exigindo a realização de novas eleições, com a participação de Lula como candidato. Para isso, as palavras de ordem “liberdade de Lula” e “Fora Bolsonaro” são fundamentais no sentido de derrotar os golpistas.
