No festival de cinema Première Brasil do Festival do Rio, dois de seus principais filmes contêm a temática da violência policial como centro. Os filmes são do diretor brasileiro Marcos Prado e do diretor francês Bernard Attal.
O momento atual, em que a violência policial no mundo, e que tem o Brasil como um dos países em que ela é mais acentuada, leva artistas renomados a colocar o tema como o centro de seus trabalhos.
É o caso do filme de Bernard Attal, “Sem descanso”, que conta a história de Geovane Mascarenhas, um rapaz morto e esquartejado pela polícia da Bahia, e da saga de seu pai na busca de informações. O caso somente foi resolvido pois a câmera da casa de um dos vizinhos captou o momento em que o jovem é abordado pela polícia, que identificou 11 membros da corporação como culpados.
O filme também traz a tona o assassinato de Michael Brown, morto por policiais nos EUA, o que levou a população a se revoltar e organizar manifestações contrárias à polícia.
Já o filme de Marcos Prado, “Macabro”, conta a história de um policial do Bope que matou um morador de uma comunidade do Rio de Janeiro por este estar levando uma furadeira consigo. O caso que é baseado em uma história real é somente mais um dos que demonstram o descaso que a polícia tem com a vida da população pobre, sendo na verdade a maior causadora da morte no Brasil.
O festival iniciou com várias críticas ao momento atual pelo qual passa o Brasil, denunciando não só a polícia mas sim todo o regime que Jair Bolsonaro vem implantando no País, com aspectos como o já citado aumento da repressão policial, mas também a falta de investimento para privilegiar os bancos estrangeiros e a censura.
O Partido da Causa Operária vem denunciando a repressão policial que, apesar de ter aumentado, faz parte do cotidiano da população brasileira há muito tempo. É necessário não só lutar pelo Fora Bolsonaro para colocar fim à repressão, mas também lutar pela extinção da Polícia Militar no Brasil. Somente o fim deste órgão que é uma máquina de matar gente pobre é que poderemos falar sobre liberdade real para o povo brasileiro.