O ato nacional do último dia Primeiro de Maio em São Paulo organizado pelos comitês de luta e o Partido da Causa Operária foi um divisor de águas no que diz respeito à mobilização nas ruas do povo contra a direita golpista. A grandiosidade e o acerto político da realização do ato se deu sobretudo pelas constantes mobilizações dos setores mais combativos da esquerda junto aos trabalhadores pelo menos desde o golpe de 2016 e demonstrou a insatisfação e a disposição do povo de sair às ruas contra a burguesia que está promovendo a crise sanitária e econômica no país.
A mobilização do dia de luta dos trabalhadores foi responsável inclusive por obrigar os setores mais defensivos da esquerda que se recusaram a impulsionar a luta do povo nas ruas, a abandonarem suas ilusões na resolução da pandemia pela burguesia e a aderirem à mobilização de rua, única capaz de combater a direita e resolver os problemas dos trabalhadores. Em plenária nacional com dezenas de direções e organizações da esquerda, decidiram sair da paralisia e marcar atos de rua no dia 26 de maio em Brasília e 29 de maio em todas as capitais.
O momento é o de impulsionar cada vez mais a mobilização e a organização dos trabalhadores nas ruas contra a direita que está esmagando o povo com a pandemia que já matou quase 450 mil pessoas no país e tem deixado outras milhões imersas no desemprego e na fome. Os comitês de luta, os conselhos populares, os sindicatos, os partidos de esquerda e demais organizações dos trabalhadores, portanto, devem atuar intensamente na preparação e na realização dos atos do dia 26 e principalmente dia 29 de maio nas capitais, realizar mutirões gigantescos de convocações massivas, panfletagens, colagens de cartazes, etc.
É preciso trabalhar fortemente com todo o pessoal disponível nas fábricas, nos bairros, universidades, para chamar a todos a participarem dos atos, formarem novos comitês de luta e proporcionar caravanas para que todos possam participar tornando as iniciativas dos atos de maio ainda mais grandiosas e imponentes quanto as mobilizações que resultaram na vitória do Primeiro de Maio, com centenas de pessoas nas capitais dos estados exigindo as reivindicações mais importantes e urgentes dos trabalhadores para o enfrentamento da pandemia e da direita inimiga do povo.
É preciso apontar para todos os trabalhadores, através do incessante trabalho de agitação e propaganda em torno dos atos que a sua mobilização nas ruas é a única maneira de expressarem sua força, sua revolta com o desastre da direita e terem suas necessidades minimamente atendidas. Por isto os atos do dia 29 devem ser impulsionados para se tornarem verdadeiros atos de massas em todo o país, por vacina, auxilio emergencial de pelo menos um salário mínimo, Fora Bolsonaro, Lula presidente, redução da jornada para 35h semanais, as principais reivindicações dos trabalhadores contra a fome, o desemprego e o genocídio da Covid-19.
A decisão das organizações em marcar os atos foi extremamente acertada e a iniciativa deve prosseguir também na organização dos atos com todo o trabalho e esforço necessários para que os atos marcados sejam vitoriosos e sirvam ao seu propósito de indicar o caminho correto a ser seguido pelo povo: as ruas! Os dias 26 e 29 de maio devem dar o tom para o estabelecimento da continuação da mobilização popular no país cada vez maior e mais forte e que já tem seu próximo passo definido para um novo ato nacional em São Paulo no dia 03 de julho.