Na madrugada do dia 28 de abril, fascistas atiraram nos acampados pró-Lula, próximo à Polícia Federal de Curitiba-PR, onde o ex-presidente está preso. Uma das manifestantes ferida, a advogada Márcia Koakoski, conta que houve ameaças de morte antes dos tiros. O sindicalista Jefferson Lima de Menezes também foi atingido no pescoço. Ele deixou a UTI, mas ainda não tem previsão de alta e está entubado.
Koakoski relatou que por volta das 2h da madrugada, do mesmo dia, fascistas se dirigiram ao acampamento “Marisa Letícia” ameaçando. “Um grupo gritando ameaças, dizendo que iam voltar e iam matar aquelas pessoas. Foi uma situação delicada, as pessoas levantaram, ficamos todos assustados. Os ânimos foram se acalmando porque várias vezes, o tempo inteiro na realidade, o acampamento foi objeto de ofensas”.
Depois desse episódio, aproximadamente às 3h45, os tiros foram disparados contra o acampamento. A polícia encontrou seis cápsulas de pistola 9 mm no local.
Desse fato, sabemos também que foi a mesma munição usada na execução da vereadora carioca, Marielle Franco. Que foi assassinada embaixo do nariz da intervenção militar. O calibre 9 mm é acessível legalmente há grupos restritos, como por exemplo, forças de segurança.
A polícia não vai investigar, como vimos no caso Marielle, pois como já se pode notar que as forças de segurança estão diretamente ligadas nesses ataques. E não se pode duvidar que esses grupos fascistas são capazes de qualquer coisa. Por isso, mais uma vez é preciso reforçar a importância de se criar urgentemente comitês de autodefesa.