O governo de extrema-direita de Donald Trump emitiu uma norma no dia 12 de junho que permite os médicos, e outros profissionais da saúde, nos Estados Unidos a se recusarem a realizar cirurgias de aborto e mudança de sexo.
A decisão de Trump se opõem ao regulamento de 2016 do então presidente Barack Obama que garantia as cirurgias de mudança de sexo, e aborto segurando a liberdade de escolha do paciente acima da crença pessoal do médico ou qualquer profissional da saúde. Em 2018, Donald Trump, já havia criado um departamento para garantir a “liberdade religiosa” nos serviços de saúde do país, o que permitia médicos recusarem a atender casos de eutanásia, tentativa de suicídio, mudança de sexo, aborto e “procedimentos que sejam contrários às suas crenças morais ou religiosas”.
A mudança na legislação foi comemorada na época pela direita conservadora no país, divulgada na véspera da marcha pela vida em Washington. A diretiva apresentada pelo governo conservador de Trump reforça a então publicada em 2018, conferindo proteção legal aos médicos que se recusam a atender pacientes transexuais ou que não queiram realizar o aborto com base em crenças pessoais.
Além disso, a orientação também deixa as pessoas que não falam inglês sem proteção, uma vez que não está contemplado o direito a um tradutor no atendimento médico. A política de Trump, abertamente contra o direito das mulheres, homossexuais e imigrantes, é uma política para agradar os grupos ultraconservadores que o colocaram no poder. O caso dos Estados Unidos é mais um demonstração do avanço da extrema-direita fascista contra os grupos mais oprimidos da sociedade.