Na madrugada deste sábado (13), na Rua das Flores, bairro Jardim Felicidade, São Paulo, a Polícia Militar, comandada pelo fascista João Dória, espancou brutalmente um jovem. Cinco policiais resolveram, por puro instinto criminoso, agredir o rapaz que estava simplesmente a andar na rua. O jovem fala que foi apenas buscar a namorada e que é trabalhador. Os moradores do local filmaram a ação e colocaram o vídeo da agressão nas redes sociais. Os PMs, sabendo que as filmagens os comprometeriam, resolveram ameaçar os moradores dizendo que iam “quebrar” todo mundo. A versão original da ocorrência, colocava o jovem como autor da ação. Entretanto, após a divulgação do vídeo, este passou a vítima e o caso foi registrado como falso testemunho e tortura. Os PMs Francisco Xavier de Freitas e Eduardo Xavier de Souza foram citados, os demais continuam anônimos. Este comportamento não é uma exceção dentro da polícia. Pelo contrário, é regra. As operações políciais não buscam, de modo algum, “pacificar” as comunidades. Pelo contrário, tem o intuito de matar, a população em escala industrial. O comportamento excessivo dos policiais é encoberto por registros mentirosos, que colocam a culpa nas vítimas e omitem ou adulteram números. Desde o início da pandemia, os casos de crimes cometidos por políciais se tornaram ainda mais comuns. Os exemplos mais marcantes foram dos assassinatos do menino João Pedro, de dois estudantes que entregavam cestas básicas e de George Floyd, nos Estados Unidos. Estes são apenas alguns casos que ficaram famosos, pois muitos outros ocorrem diariamente nas periferias das grandes cidades. Não são casos isolados e muito menos a ação de “poucos”. A polícia é, por definição, um órgão de repressão contra a população. Sua ação é sempre na tentativa de colocar a população pobre, especialmente negra e jovem, sob controle para que sua revolta contra a opressão do sistema vigente não aconteça. Em resumo, é mais do que possível afirmar que a Polícia Militar é um órgão terrorista e voltado ao extermínio e controle das massas, uma arma das classes dominantes. Deste modo, é mais do que necessário o fim da Polícia Militar. No lugar dela, devem-se criar Milícias Populares, eleitas pelos moradores do bairro para fazer a segurança. Assim, ao invés de um aparato de repressão, seria, de fato, um aparato de segurança e manutenção dos direitos populares. Apenas o povo armado é capaz de se defender da burguesia e lutar por seus interesses. Esta é a única maneira de fazer frente a tirania dos capitalistas.