Da redação – O ministro golpista e neoliberal da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, afirmou na última terça-feira (05) que pretende que a Reforma da Previdência “economize” R$ 1 trilhão com os gastos do governo com a aposentadoria, em um período de dez anos.
Com a demagogia de sempre, de que existe um “rombo” na Previdência, de que o atual modelo é injusto (como se a extrema-direita quisesse fazer justiça) e que o proposto pelo governo ilegítimo corrigiria as desigualdades sociais do atual modelo, os golpistas pretendem retirar a aposentadoria dos trabalhadores.
Assim, deixando de utilizar o dinheiro do povo para atender às necessidades do povo, os golpistas “economizam” esse dinheiro para os capitalistas, porque, não sendo utilizado a serviço dos trabalhadores, irá para o bolso dos capitalistas, em particular dos banqueiros, que são os mais interessados nessa reforma.
Isso porque os bancos são os maiores devedores da Previdência (deixaram de pagar milhões de reais nos últimos anos ao governo, em dívidas com a Previdência) e, com o verdadeiro fim da previdência pública, restará aos trabalhadores, obrigados pelo governo, “investirem” na previdência privada. Ou seja, os banqueiros (que mandam no governo) impõem o fim da previdência pública para que o povo comece a pagar massivamente a eles mesmos.
Além disso, esse R$ 1 trilhão “economizado” não irá para investimentos sociais, para construir obras públicas que atendam aos trabalhadores, não irá para a criação ou aprimoramento dos serviços públicos. Irá para o pagamento da eterna dívida pública com os banqueiros, a qual o governo contrai dívidas com esses banqueiros para pegar empréstimos e pagar a dívida a esses mesmos banqueiros, em um círculo vicioso que torna o País um escravo do imperialismo parasitário.
É preciso uma mobilização imediata dos trabalhadores contra a Reforma da Previdência, mas que não se resuma apenas a essa pauta. Porque, para derrotar essa e todas as outras reformas do golpe, somente com a derrubada do governo ilegítimo de Bolsonaro e do golpe de Estado em conjunto.