No dia 06 de Junho aconteceu a segunda reunião ordinária de Representantes de Escolas (RE) da Apeoesp. As reuniões de RE ocorrem a trimestralmente com os professores eleitos em cada unidade escolar, buscando discutir a situação das escolas, em termos políticos e educacionais, além da conjuntura política estadual e nacional, campanhas sindicais e outras questões do interesse dos professores do ensino público.
A última reunião do Conselho de Representantes também não teve sua publicação ainda, mais um ataque frontal ao maior sindicato da América Latina.
As reuniões contam com abono de ponto, ou seja, são consideradas como dias trabalhados. O abono é uma conquista da mobilização sindical e, por força disto, está previsto em lei.
O governo João Doria (PSDB), inimigo declarado do ensino público e dos professores – assim como todos os tucanos – passado mais de um mês da última reunião, até o momento não publicou o abono de ponto.
Ao proceder dessa forma, mostra que o cerco ao sindicato tem aumentado, coloca em xeque a atividade do sindicato e age de forma antidemocrática para impedir o magistério de se organizar para reivindicar seus direitos, melhores condições de trabalho e salário.
A falta do abono de ponto acarreta ônus aos professores, pois prejudica sua vida funcional, causa desconto salarial e até mesmo atrasa a aposentadoria. No caso dos professores temporários categoria “O”, a camada mais sucateada da rede estadual, a depender da situação, a falta pode resultar no rompimento do contrato e mais desemprego.
A escolas e suas organizações são alvos dos golpistas, pois os professores são uma das categorias que mais se mobilizaram nos últimos anos e também foram os mais atacados em seus salários e direitos.