O ato chamado no último dia 9 de outubro em frente à Secretaria Estadual de Educação pelo Sindicato dos Professores de São Paulo, a APEOESP, evidenciou o clima de radicalização que há no interior da categoria, o que nada mais é do que a expressão da radicalização e da polarização que se aprofunda em setores cada vez mais amplos da classe trabalhadora e da população brasileira.
O golpe de Estado vem impondo uma dura política de terra arrasada contra toda a população, o que na prática tem significado a destruição de todos os direitos, o fim das liberdades democráticas, o desemprego e o aumento da miséria. No caso da educação, a situação é cada vez mais grave. Os professores de São Paulo, que há mais de vinte anos são governados pelo principal partido da direita golpista, o PSDB, que hoje tem à frente o governo Bolsodória, vêm amargando uma série de ataques nos últimos anos.
A categoria está sem reajuste há cinco anos, o governo tucano agora quer impor goela abaixo um projeto que abre caminho para a privatização das escolas e para o fim da estabilidade dos professores, denominado “Inova” educação, isso sem falar nas inúmeras formas de avaliações impostas pelo governo, como o SARESP, o “Bônus”, as quais servem apenas para pressionar e chantagear os professores.
No final do mês de setembro, o governo tucano anunciou mais uma “mudança” referente ao processo de atribuição de aulas. A Portaria 6/2019 estabelece regras sobre as inscrições dos professores em exercício na rede estadual de ensino de São Paulo para atribuição de aulas em 2020 totalmente contrárias aos interesses da categoria, impondo como parte da pontuação classificatória dos professores o tamanho da jornada do professor (quanto maior, mais pontos), ou seja, o governo tucano quer aprofundar o caos que há na rede pública, as custas do emprego dos professores e do ensino dos alunos.
Diante da forte mobilização no dia 9 na praça da República, a Assembleia dos professores, que estava marcada para o dia 25, foi antecipada para o dia 18 de outubro. É preciso fazer uma ampla campanha nas escolas na próxima semana, denunciar os ataques do governo, mobilizar os professores, parar as escolas e ocupar a Avenida Paulista no dia 18. Diante da ofensiva do governo tucano contra a educação, é preciso aprovar a greve da categoria para responder à altura à política de destruição do ensino público imposta pelos governos golpistas. Fora Dória, Bolsonaro e todos os golpistas!