Favelas: explosão de contágio

Dados mostram começo de genocídio por coronavírus nas periferias

Uma explosão do contágio nas favelas do Rio, o número de infectados com novo coronavírus (Sars-CoV-2) aumentou de 6 para 34 em 5 dias, segundo Secretaria Municipal de Saúde do Rio

Uma explosão do contágio nas favelas do Rio, o número de infectados com novo coronavírus (Sars-CoV-2) aumentou de 6 para 34 em 5 dias, segundo Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Moradores revelam que estudam centro de tratamento de Covid-19 na comunidade. Dizem: “Os próximos dias serão bem difíceis para as favelas”. Essa é a previsão do assistente social Leandro Castro, morador da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Uma previsão baseada em dados. Em cinco dias, o número de pessoas diagnosticados com Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) aumentou de 6 para 34. Tudo confirmado, de acordo com dados da secretaria municipal de Saúde do Rio, a Rocinha contabilizava nesta terça-feira (14) 34 casos de pessoas infectadas. São 28 a mais do que os 6 registrados na quinta (9). A escalada dos números representa um aumento de 467% no número de infectados em menos de uma semana.

Só a favela da Rocinha, localizada em São Conrado, na Zona Sul do Rio, tem 69,1 mil habitantes. A comunidade teve seu primeiro registro de ocupação em 1938, segundo moradores e líderes comunitários.

Leandro Castro contou ainda que as unidades de saúde do bairro não fazem testes para Covid-19. Por esse motivo, um coletivo social da Rocinha estuda a possibilidade de cobrar das autoridades um centro de diagnóstico e tratamento.

Em São Paulo a situação não é diferente. Mortes confirmadas ou suspeitas por coronavírus passam de 1.200 na cidade de São Paulo; periferia concentra mais óbitos Dados correspondem à semana epidemiológica que vai de 23 de fevereiro ao dia 11 de abril e fazem parte de um mapa divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde que mostra a distribuição dos óbitos por distrito.

Na verdade, a cidade de São Paulo registrou, entre os dias 23 de fevereiro e 11 de abril, 1.207 mortes confirmadas ou suspeitas de coronavírus, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Portanto, das 1.207 mortes apresentadas no mapa, 785 são suspeitas. A proporção verificada é de 1,8 morte suspeita a cada morte confirmada na capital. A diferença dos números se deve, em grande parte, ao atraso no processamento dos exames pelos laboratórios credenciados no Estado.

O Estado ditatorial prepara um genocídio da população pobre das periferias.

As mortes economizariam os fornos dos campos de concentração via contaminação viral sem nenhuma assistência. O mais completo abandono dessas populações pelo Estado é a mais barata limpeza étnica já realizada pelo imperialismo e burguesia mancomunada.

É preciso lutar pela derrubada de Bolsonaro e de todos os golpistas.

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