O presidente do PSOL e ex-candidato a vice prefeito no município de Xapuri (AC), Josimar da Silva Conde, de 47 anos, foi vítima de uma emboscada e assassinado a tiros de espingarda, no meio do mato, a poucos metros de sua colônia, no ramal Filipinas, seringal Barra, colocação Campo Verde, na reserva extrativista Chico Mendes. A imprensa burguesa retrata o assassinato como se fosse por uma questão pessoal, um conflito por causa de um limite territorial entre Josemar e seu vizinho, conhecido por “Chico Doido”. Contudo, o crime parece ter motivações políticas.
O assassinato de lideranças da esquerda, como tem ocorrido diariamente com militantes do MST, sindicalistas, militantes do PT e do próprio PSOL, caso do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista Anderson, é parte essencial do programa político da extrema-direita bolsonarista de destruir a esquerda e implementar uma ditadura militar no país. O próprio fascista Jair Bolsonaro afirmou, em diversos momentos de sua campanha eleitoral, que iria assassinar militantes de esquerda, que deveriam ser assassinados 30 mil militantes de esquerda no Brasil para completar o serviço da ditadura, que iria metralhar os petistas, que iria colocá-los na “ponta da praia”, que “limparia” as cúpulas dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais. A prisão fraudulenta e ilegal e a perseguição de líderes do movimento de luta por moradia e a perseguição de dirigentes do PT, caso mais flagrante a prisão do ex-presidente Lula, fazem parte desse processo de instauração de uma ditadura militar.
Bolsonaro chegou a propor a comemoração do dia do golpe militar de 1964 pelas Forças Armadas e recentemente os membros do Partido Social Liberal (PSL), partido político a qual Bolsonaro era filiado, propuseram homenagear o ditador sanguinário Augusto Pinochet. São claras as mensagens que servem como propaganda do que deve ser feito com a esquerda.
O assassinato de Josemar, presidente municipal do PSOL em Xapuri (AC), é um assassinato político que expressa a política da extrema-direita bolsonarista de destruir a esquerda e os movimentos sociais. É preciso reagir e criar comitês de auto-defesa e defender o armamento do povo como formas de impedir a ofensiva fascista.