O golpe de Estado exacerbou no País todas as mais agudas contradições. Uma das faces mais perversas desta situação diz respeito ao flagelo do desemprego, mas também do subemprego e da informalidade. Os números revelados a cada pesquisa do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) são assustadores, expondo a tragédia que representa para a nação e todo o povo trabalhador brasileiro o regime burguês sob o domínio ditatorial dos golpistas.
Para se ter uma ideia do que isso representa, o Brasil conta neste momento com 41,6% da sua força de trabalho na informalidade, totalizando, em números, mais de 38,4 milhões de pessoas. São números verdadeiramente estarrecedores, evidenciando a enorme obra de destruição da economia nacional que vem sendo perpetrada pelo governo burguês-golpista, apoiado pelas forças mais reacionárias e obscurantistas.
A última pesquisa expõe uma realidade que não pode ser adjetivada com outra palavra senão como uma gigantesca catástrofe social. “A informalidade entre 30% e 50% atinge 15 estados. Pernambuco é o maior nessa faixa com 48,8%. Outros 11 estados ficam acima de 50% e Piauí se destaca com 59,5%. Somente duas unidades federativas ficaram abaixo de 30%, Santa Catarina e o Distrito Federal, com 27,3% e 29,6% respectivamente. Maranhão e Pará estão acima de 60%” (Correio Braziliense online, 14/02).
Também no que diz respeito ao número de desempregados que buscam por um emprego, os números revelam a mesma dramaticidade. “Cerca de 2,9 milhões de brasileiros desempregados buscam por um trabalho há pelo menos dois anos ou mais no trimestre encerrado em dezembro, o que representa cerca de 25% dos que não têm emprego” (Idem, 14/02).
O fato é que, incontestavelmente – pois os números estão aí para demonstrar – a extrema direita golpista e o receituário econômico aplicado pelos liberais apologistas do “livre mercado” estão conduzindo o País para o precipício, arrastando dezenas de milhões de almas humanas para o desespero e a barbárie.
Do ponto de vista econômico o País encontra-se paralisado, sem qualquer mínima expectativa de retomada do crescimento, embora não falte o descaramento daqueles que insistem em ocultar os fatos, como vem fazendo toda a imprensa golpista comprometida com as ilegalidades e arbitrariedades de um regime que cada vez mais se revela como uma ditadura, controlado pelos generais fascistóides direitistas, que já ocupam os postos de comando mais importantes do poder político da nação.
A única forma eficaz de enfrentar de forma consequente esta situação e derrotar os que estão destruindo o País, privatizando e entregando o patrimônio nacional e impondo a miséria e o sofrimento ao povo brasileiro é a luta para colocar para fora o governo responsável que vem promovendo toda esta tragédia, toda esta catástrofe. A bandeira que deve ser levantada para levar adiante esta luta é o “Fora Bolsonaro”; Fora todos os golpistas; em defesa da greve dos petroleiros; pela liberdade plena do ex-presidente Lula, com anulação de todos os processos (fraudulentos) que vem sendo movidos pela justiça golpista contra a maior liderança operária e popular do País.