Em todo o País, está se levantando um grande movimento de luta contra o governo ilegítimo de Bolsonaro e seus ataques contra os trabalhadores e a juventude, impulsionado pela revolta provocada pelos cortes de cerca de 1/3 do orçamento das instituições federais de ensino decretados pelo MEC golpista.
A medida se junta a outros cortes, totalizando mais de R$ 12 bilhões retirados da Educação, evidenciando uma política de terra arrasada do governo, defensor do ensino pago e declarado inimigo do ensino público.
A direita fascista no governo usa como pretexto a crise econômica, que não consegue debelar, para levar adiante sua política original: destruir os serviços públicos em favor dos grandes capitalistas
A situação se repete em vários outros setores, evidenciando o papel de destruição da economia nacional e de tudo que diga respeito aos interesses do povo brasileiro: Educação, Saúde, construção de Moradias, Previdência etc.
A mobilização nas universidades, escolas técnicas e colégios federais, se junta às greves e mobilizações em curso nas universidades estaduais (como no caso da Bahia) e ao chamado, feito há mais de um mês pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), que convocou 15 de Maio, como Dia Nacional de Greve da Educação, contra a “reforma” da Previdência. Proposta endossada por alguns dos maiores sindicatos do País, como APEOESP, SINPEEM, APP, SINPRO’s e pelo Sindicato dos Docentes Universitários – o ANDES – pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e muitos outros. Além disso, também se posicionaram a favor da Greve, entidades estudantis como a UNE (universitários), UBES (secundaristas).
Estão criadas, portanto, as condições para uma grande mobilização em todo o País – que já vem se desenvolvendo com as massivas assembleias e atos de ruas, de estudantes, professores e até pais de alunos (caso do Colégio Pedro II, no Rio) em todo o País.
Estas mobilizações se colocam na direção de superar os limites da política de setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa de colaboração e/ou capitulação diante do governo, que chega ao ponto de setores da “esquerda”(como os governadores do Nordeste) apoiarem a “reforma” da Previdência e até atacarem duramente as mobilizações dos professores (como faz o governador da Bahia, Rui Costa, do PT).
Para dar uma perspectiva à esta mobilização, é preciso dar um caráter político à toda esta luta, como é natural em toda greve da Educação e dos servidores públicos, dirigidas contra os governos capitalistas. Nesse momento, é preciso colocar como eixo dessa mobilização, reivindicações dirigidas contra o regime golpista, como é o caso da luta pela liberdade de Lula e pela derrubada do governo Bolsonaro.
Na reta final da preparação do dia 15, é preciso discutir a situação em cada Escola e Universidade, realizando assembleias amplamente convocadas. Convocar os estudantes para mobilização e ocupar as ruas ao lado dos professores e funcionários. Os sindicatos dos trabalhadores de todas as demais categoria, juntamente com a CUT (que apóia a mobilização e dirige a maioria dos sindicatos dos trabalhadores da Educação) precisam impulsionar um apoio ativo à mobilização, convocando todos os explorados a se somarem à mobilização, como um importante passo no sentido da construção da greve geral, marcada para o dia 14 de junho.