China adverte aos EUA para não subestimá-la na guerra comercial

Beijing, 14 mai (Prensa Latina) A China advertiu hoje os Estados Unidos a não subestimar sua determinação de defender os interesses nacionais e direitos enquanto continuar a guerra comercial entre eles, e recordou que as consequências do conflito afetam ambos lados. Geng Shuang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, disse em coletiva de imprensa que seu país não quer uma escalada das tensões, mas também não tem medo de enfrentar um cenário pior e nem renunciará a seus princípios devido a pressões externas.

 

Segundo enfatizou, ainda que a China tenha a capacidade de proteger empresas se opõe à imposição unilateral das tarifas adicionais porque não resolvem nenhum problema e são prejudiciais para as duas potências.

O porta-voz respondeu assim ao anúncio nesta segunda-feira por parte de Washington de que procederá com outra rodada de impostos de 25% sobre mais de 3.800 mercadorias chinesas valorizadas em 300 bilhões de dólares.

Essa se soma às tarifas que entraram em vigor sexta-feira passada por 200 bilhões de dólares e que foram o detonante do conflito que havia sido suspenso durante seis meses.

A China tomou medidas em reciprocidade ontem contra os Estados Unidos e anunciou o aumento de 10, 20 e 25% dos impostos que pesam sobre mais de cinco mil produtos norte-americanos equivalentes a 60 bilhões de dólares, a partir do dia 1 de junho.

A volta à guerra Beijing-Washington virou os mercados finnacieros de todo o mundo de cabeça para baixo e sobram comentários sobre o impacto funesto tanto para as duas potências como para a economia global.

O presidente estadunidense, Donald Trump, com seu sensacionalismo de sempre, alimenta ou derruba por momentos as expectativas sobre o estabalecimento do acordo necessário.

A China, não obstante, mantém firme a postura de que não comprometerá seus princípios, soberania nem dignidade nesse processo.

‘Enquanto a negociação esteja em sintoniam com nossos objetivos da reforma e abertura, as necessidades de desenvolvimento de alta qualidade e os interesses comuns do povo chinês e americano, as equipes poderão achar um consenso razoável e chegar a um acordo mutuamente benefioso’, disse ao respeito o chanceler, Wang Yi.

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