Jair Bolsonaro afirmou na última sexta-feira, dia 28, em uma conversa com seus apoiadores na saída do Palácio do Planalto que pretende estender o auxílio emergencial até o fim do ano; no entanto, disse que o valor deverá ser menor do que os R$ 600,00. Para justificar o que havia dito, Bolsonaro disse que o auxílio não é aposentadoria e por isso deve ser menor, além de dizer que “o auxílio é pouco para quem recebe, mas muito para quem paga”.
Acontece que Bolsonaro não é a favor da aposentadoria dos brasileiros, nem do auxílio emergencial. O presidente ilegítimo é o responsável pela reforma da previdência, aprovada no ano de 2019, que retirou o direito à aposentadoria dos brasileiros, sendo considerada por muitos como o maior roubo da história do bolso dos trabalhadores.
Da mesma forma, o auxílio emergencial no valor de R$ 600,00, que já é uma esmola, só foi implantado durante a pandemia para que a população não explodisse contra o governo, que além de destruir a população financeiramente, também o faz com a pandemia, causando um genocídio no país. Tanto é assim que isso foi admitido pelo próprio Bolsonaro, em maio.
A declaração do presidente também é contraditória, pois, como os R$ 600,00 reais para desempregados pode ser muito, se os golpistas destinaram R$ 1,3 trilhão para os banqueiros? Bolsonaro fala hoje que 50 bilhões gastos no auxílio emergencial são muito para o estado, mas não falou o mesmo quando repassou R$ 1,3 trilhão para os banqueiros.
O estado também não acha muito repassar mais 2 trilhões para o capital estrangeiro em forma de ativos e na entrega de estatais que valem muito mais, como disse o ministro da economia Paulo Guedes, também no mês de maio.
A fala de Bolsonaro demonstra justamente aquilo que ele mais deseja, deixar de gastar com a população para garantir o dinheiro aos bancos, aos capitalistas internacionais e ao imperialismo como um todo. Ao dizer que o auxílio “não é aposentadoria”, Bolsonaro diz que o trabalhador não deve ficar em casa dependendo dos R$ 600,00 (que não dão para nada), mas que devem sair para trabalhar, mesmo não havendo emprego no país, exatamente da mesma forma que o aposentado deve fazer.
Enquanto isso, os trilhões repassados aos bancos garantem a aposentadoria de quem manda no sistema financeiro. Esses que nunca trabalharam e nunca vão ter que trabalhar, a depender de Bolsonaro.