Apenas no mês de março, os Estados Unidos da América (EUA) encarceraram 171 mil imigrantes na fronteira com o México, sob o comando do governo Joe Biden (Partido Democrata). Este é o maior número em duas décadas e escancara a política criminosa do imperialismo.
O número de imigrantes ilegais detidos na região está aumentando desde abril do ano passado, frente ao avanço da pandemia em todo o mundo, e, principalmente no país que sofre com a influência negativa dos EUA. Entre outubro de 2020 e janeiro deste ano, mais de 70 mil imigrantes ilegais foram detidos na fronteira dos EUA com o México.
Dentre estes números, 19 mil são crianças, em sua maioria desacompanhadas e que estão hoje presas nos campos de concentração norte-americanos. Além disso, 53 mil familiares viajaram juntos e adultos sozinhos que representam quase 99 mil pessoas.
Autoridades do governo afirmam que a dimensão dos “desafios humanitários” do presidente Joe Biden são gigantescas, porém, todos os países sabem que tal miséria na região – e mundialmente falando – é gerada diretamente pelos EUA.
Vale lembrar também que, no momento, 3,6 mil soldados dos EUA estão na fronteira com o México, sendo que, nas promessas de governo de Biden estava o suposto acolhimento aos imigrantes. Uma falácia sem tamanho.
Esta situação na fronteira, que já era vista anteriormente no governo de Donald Trump, é uma realidade histórica. O imperialismo mantém uma dominação pela força em todo continente americano, e, no México, não é diferente. Desde de relações com a polícia, espionagem, com o narcotráfico, as características dessa política externa são abertamente nazistas.
O presidente anterior, sendo da extrema-direita, ligado a grupos supremacistas, nunca escondeu seu desprezo total pelos imigrantes, expressando assim a posição política de parcelas da burguesia que ele defende, em torno de um nacionalismo contra a ala maior do imperialismo.
Contudo, Biden, ex vice-presidente de Obama (Partido Democrata) nos governos anteriores, junto à sua vice atual, Kamala Harris (30 anos na promotoria e depois no Senado), tem uma política externa de caça, e perseguição à todos os povos, e, internamente, de encarceramento em massa dos latinos, negros, que se demonstra muito pior.
Ignorando isso, esquerda norte-americana defendeu Joe Biden nas eleições, dizendo que este seria o candidato democrático em oposição a besta fera neonazista.
É preciso denunciar internacionalmente que essas crianças estão sendo mantidas em postos de fronteira lotados em meio a uma pandemia que mata o povo como na casa de centenas de milhares. Parlamentares do Partido Republicano aproveitam para denunciar nas redes sociais a crise humanitária no país, pressionando Biden, enquanto a esquerda se mantém sem política para as massas.
