Da redação – Neste momento, milhares de estudantes secundaristas e universitários tomam as ruas de Paris se manifestando contra o regime do presidente Emmanuel Macron, em especial contra seu anúncio de aumento das taxas de matrícula para estudantes universitários que não têm passaporte da União Europeia.
Esse é o quarto dia seguido de mobilizações contra o governo francês. No sábado (08), 125 mil pessoas se manifestaram por todo o país, e ao menos 10 mil apenas na capital. Foi o quatro final de semana consecutivo de manifestações, novamente com uma brutal repressão das forças do Estado, que detiveram mais de 1.700 pessoas.
Ontem (10), embora não tenha havido grandes manifestações de rua, houve bloqueios e paralisações pelo país.
Os protestos se iniciaram com a paralisação dos chamados “coletes amarelos”, devido ao anúncio do aumento do preço dos combustíveis por parte do governo neoliberal de Macron.
Depois, começaram a aderir trabalhadores e estudantes, que são uma força fundamental das mobilizações, ocupando escolas e instituições de ensino.
Tal mobilização gerou uma intensa crise política na França. Macron tem recuado, inclusive anunciando a suspensão do aumento dos combustíveis. Entretanto, o momento se apresenta como uma revolta popular, uma vez que a população não desistiu de radicalizar as mobilizações com o recuo de Macron, e agora exigem cada vez mais.