O Brasil alcançou na quinta-feira, dia 7 de janeiro, a trágica e catastrófica marca das 200 mil mortes em decorrência da Covid-19, a pandemia mundial que vem devastando o planeta, mas que deixa um rastro de destruição ainda maior nos países econômica e socialmente mais frágeis, submetidos à rapinagem das grandes potências, ou seja, o imperialismo mundial e sua política genocida e criminosa contra os povos oprimidos e indefesos.
Muito embora a epidemia tenha se alastrado por todo o território nacional, infectando e levando a óbito brasileiros em todas as regiões, uma unidade da federação vem se destacando das demais pelo que vem demonstrando de mais horrendo e macabro nesta tragédia que parece não ter fim. Desde o início da pandemia do Coronavírus em nosso país, o Amazonas vem apresentando estatísticas verdadeiramente alarmantes no que diz respeito não somente em relação aos trágicos números, mas também oferecendo ao país uma lição do que representam e como atuam os governos antipopulares e burgueses, alheios ao sofrimento da população pobre e explorada do país.
Para termos uma ideia do que isso representa em números, a capital do estado, Manaus, registrou em só dia o sepultamento de 110 pessoas. A marcaa, assustadora e alarmante, foi atingida na quarta-feira, dia 6 de janeiro, sendo que desse total, dezenove pessoas morreram em casa, quer dizer, fora do ambiente hospitalar, revelando a dimensão da catástrofe, “pois não há vagas na rede privada e com a rede pública operando com média acima de 90% de taxa de ocupação de leitos de UTI e leitos clínicos nas duas últimas semanas” (El País, 8/1)
Esses números revelam, inequivocamente, que a capital amazonense enfrenta a segunda onda da pandemia, iniciando o ano na fase mais grave, onde a previsão de esgotamento de leitos de UTI está prevista para a próxima semana. Nem falar do caos vivenciado no imenso e vasto interior do estado, onde a situação é ainda pior, onde não há nenhuma unidade de terapia intensiva. Para completar o quadro de verdadeira hecatombe clínica e social (se é que ainda há espaço para mais tragédia), o governador direitista Wilson Lima (PSC) apenas vem remanejando vagas de outros setores e até mesmo hospitais em obras recebem pacientes acima da capacidade.
Este é o quadro que muito em breve estará sendo vivenciado por grande parte do país, expondo com toda a crueza e dramaticidade o caos no qual o Brasil está chafurdado sob o governo de extrema direita e da política de igual genocídio perpetrada pelos governadores, que se esforçam para tentar se descolarem da figura nefasta, macabra e sinistra do presidente fraudulento Jair Bolsonaro, mas que a cada fica mais clara a ligação direta entre a política do ocupante clandestino do Planalto e os chefes dos executivos estaduais no tratamento que dispensam aos doentes da covid-19.