A greve dos professores da rede Estadual de São Paulo está chegando ao primeiro mês, e a perspectiva de desenvolvimento da mobilização é enorme ante o colapso do sistema da saúde no país, em que a maioria dos leitos e das UTIs em todo o país estão lotados.
Em pouco mais de 30 dias de volta às aulas presenciais, já atingiu-se 2000 mil casos de infecção na rede Estadual, no município de São Paulo, e na rede privada já passa de 30 o número de vítimas fatais dessa política.
A luta dos professores cumpre papel essencial na defesa da vida dos profissionais da educação e da comunidade escolar, bem como é um bastião da luta do povo pela vacina e pelo fim da pandemia, política que os governos simplesmente ignoram porque foge da cartilha neoliberal que seguem piamente.
Pela pressão gerada pela greve dos professores, o governo do Estado de São Paulo, de João Doria (PSDB), responde com perseguição aos profissionais da educação. Há denúncias de que os professores categoria “O”, professores contratados, ou seja não concursados, estão perdendo as aulas por aderir a greve legítima da categoria, aprovada em assembleia do maior sindicato do país, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP).
Na diretoria de ensino da cidade de Mauá, no ABCDM paulista, dois professores da categoria “O” estão sendo ameaçados de perder as aulas ou já perderam efetivamente por aderir a greve. É uma posição ditatorial e antidemocrática que pisoteia o direito constitucional de greve, um dos direitos mais fundamentais de qualquer regime democrático. O governo do Estado de São Paulo exerce uma verdadeira ditadura contra os professores, notadamente os professores da categoria “O”.
A forma que o governo pretende contratar os trabalhadores é justamente essa, por meio de contrato, abolindo os concursos, que já não acontecessem a há pelo menos oito anos, assim são eliminados uma série de direitos e garantias e o próprio direito de greve. É preciso denunciar essa ditadura, bem como tornar os professores contratados efetivos e concursos regulares.
O governo não intimidará os professores com as medidas repressivas, que serão respondidas com aumento da mobilização e as medidas cabíveis contra a cassação do direito democrático de greve.
A subsede do sindicato de Mauá já marcou um ato em frente a diretoria de ensino da cidade – com concentração na subsede, rua Santos Dumont, 69 – Vila Bocaina, Mauá – contra a repressão política e pelo fechamento das escolas. Será hoje, quarta-feira (03) às 15 horas. Participe desta mobilização!
Abaixo a repressão!
Volta às aulas somente com vacina e o fim da pandemia!