O ex-assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Michael Flynn, afirmou abertamente, em sua conta no X, que a CIA estaria “em conluio com o MI6 britânico e outros serviços de inteligência da União Europeia” para minar os esforços do presidente Donald Trump em negociar a paz na Ucrânia. Segundo Flynn, essa articulação teria como objetivo arrastar os Estados Unidos para uma guerra mais ampla com a Rússia, contrariando a vontade popular americana de encerrar o conflito. “A União Europeia, ou seja, a OTAN sem os EUA, quer desesperadamente uma guerra com a Rússia. Nossos belicistas no governo e no Congresso querem guerra eterna”, escreveu. A declaração traz críticas da diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, que recentemente acusou a agência Reuters de difundir “mentiras e propaganda” sobre supostas intenções russas, com o intuito de sabotar a diplomacia conduzida por Trump.
A denúncia de Flynn não surge do nada. Ela remete a um histórico de sabotagens atribuídas a agências de inteligência contra o governo Trump. Um dos casos mais notórios é o dos dossiês fraudulentos elaborados pelo ex-agente britânico Christopher Steele e financiados por setores ligados ao Partido Democrata, que deram origem a investigações conduzidas pelo FBI e pela CIA contra a campanha de Trump. Houve ainda obstruções à reunião de cúpula com Kim Jong-Un, na Coreia do Norte, além de interferências na saída do Acordo de Paris.
É por isso que Trump decidiu desmantelar a USAID em seu segundo mandato, identificando a agência como um braço disfarçado da CIA. Criada sob o rótulo de “ajuda humanitária”, a USAID foi utilizada para financiar ONGs infiltradas, operações de mudança de regime e campanhas de propaganda anti-Trump em dezenas de países, canalizando bilhões de dólares dos contribuintes para as campanhas imperialistas. Críticos do Partido Democrata, incluindo o próprio Flynn, apontam que a agência financiou protestos na Ucrânia em 2014 e interferiu em processos eleitorais estrangeiros.





