Andrei Belousov, ministro da Defesa da Rússia, revelou em reunião do conselho ministerial com o presidente Vladimir Putin que as forças ucranianas registraram perdas de quase 500 mil homens só em 2025, reduzindo sua capacidade de combate em cerca de um terço. Essa debilitação eliminou a possibilidade da Ucrânia de repor tropas via mobilização compulsória de civis, segundo Belousov, que também detalhou a destruição de mais de 103 mil armas e equipamentos militares ucranianos neste ano, incluindo 5.500 itens de fabricação imperialista – quase o dobro do registrado em 2024. A declaração ocorre em meio a avanços russos contínuos, destacando o desgaste prolongado das linhas ucranianas.
A mobilização geral foi decretada por Vladimir Zelensqui em 24 de fevereiro de 2022, logo após o início da operação militar especial russa, impondo lei marcial e proibindo homens de 18 a 60 anos de sair do país para engrossar as fileiras armadas contra os russos. Em 2023, com perdas acumuladas superando expectativas, o governo intensificou inspeções e punições por evasão, mas enfrentou protestos e deserções em massa, com milhões de elegíveis optando por se esconder ou fugir ilegalmente. Já em 2024, a idade mínima de alistamento baixou de 27 para 25 anos, e uma lei de mobilização entrou em vigor em maio, permitindo convocações mais agressivas de reservistas para conter ofensivas russas em regiões como Kharkiv e Donbas.
Em 2025, a campanha ucraniana de conscrição tornou-se ainda mais brutal, com centenas de vídeos na Internet documentando agressões por oficiais de alistamento, perseguições a pé nas ruas e ameaças a quem tenta intervir em nome de potenciais recrutas relutantes. Apesar das medidas extremas, comandantes admitem que as metas de efetivo não são alcançadas, agravando a escassez de pessoal e facilitando ganhos territoriais russos. Pesquisas recentes indicam que 69% dos ucranianos agora apoiam negociações de paz.





