A vida atribulada de uma população nada feliz — que é anestesiada por um crônico sistema de pão e circo — cujo fator político, nas três esferas, é preponderantemente opressor, estatisticamente não melhora.
O rolo compressor imperialista não mede esforços para continuar ativo no jogo da espoliação, que mantém a vassalagem recrutando servos.
A história das leis é litúrgica à suserania e de alto controle vigilante e punitivo aos seus súditos: vejamos o caso a seguir: “O julgamento virtual no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a incidência do piso nacional do magistério (Lei nº 11.738) nos planos de carreira dos profissionais do magistério (julgamento do Tema 1218) foi iniciado no dia 12, com o voto do ministro-relator Cristiano Zanin. Após a publicação do voto do relator, o julgamento foi suspenso com um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Pelo regimento do STF, o pedido de vista pode durar até 90 dias”.
A classe que deveria ser meritoriamente bem remunerada e respeitada padece do descaso do poder público.
A boa filosofia doutrinal dos partidos políticos acaba sendo apenas retórica de palanque, pois, quando assume pessoalmente o cargo, decreta leis a posteriori, que normalmente ferem o mais vulnerável. A tendência dos “ismos” politiqueiros é manter sua estrutura secular de sempre em relação (especialmente) à segurança, à educação e à saúde de nossa população. Pátria, família e liberdade, lema do bolsonarismo, encanta muitos ditos conservadores de brinquedo.
Já o assistencialismo é o mote de partidos que tomam para si a pecha da justiça social. O lulismo e o bolsonarismo estão nos polos de uma nacionalidade incipiente, visto que esta ainda não garante o principal: bem-estar social real a todos.
Caso um deles fosse exitoso em benfeitorias amplas ao povo, nosso salário mínimo seria, pelo menos, como o dos Estados Unidos; aí, não teríamos professores sem reajuste em seus salários irrisórios, necessitando aguardar décadas por julgamentos que definirão se poderão receber ou não seus valores de direito.
O Executivo nega o aumento (Estado do RJ), o Legislativo cria a lei nada justa estruturalmente e o Judiciário, por vezes, não “mata no peito”, como no exemplo supracitado do julgamento adiado dos professores, no último dia 12 de dezembro.





