“Todos devem entender que essa ação de Netaniahu tem um único propósito: que se fale sobre ela, e não sobre a vida em si”. “E não sobre o simples fato de que Netaniahu é um criminoso de guerra e deveria ser julgado em Haia”.
Essas foram as palavras do líder do partido de esquerda Hadash, Ayman Odeh, em publicação na rede X, em declaração sobre a carta pessoal enviada por Netaniahu ao presidente israelense, Isaac Herzog, acompanhada de um documento de 111 páginas, no último dia 7. O opositor disse ainda que a carta “serviu como uma distração da violência do governo contra os palestinos em Gaza e na Cisjordânia ocupada, bem como das questões políticas e econômicas da sociedade israelense”.
Os protestos em “Israel” contra a tentativa do primeiro-ministro de se livrar dos processos a que responde na Justiça por corrupção, fraude, suborno e quebra de confiança se estenderam por todos os segmentos sociais e políticos do país, expressando uma enorme indignação social, com milhares de pessoas ocupando as ruas contra a possibilidade de que o presidente Herzog conceda o indulto.
O pedido de indulto do primeiro-ministro genocida, Benjamin Netaniahu, condenado e com prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, é mais um capítulo da longa agonia vivenciada pelo enclave militar sionista, crise iniciada com a espetacular e vitoriosa ação perpetrada pelos palestinos, liderada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), no dia 7 de outubro de 2023.
É uma demonstração inequívoca da vitória do Hamas e de toda a resistência palestina, e das tendências a um aprofundamento da crise do governo sionista e da falência do próprio Estado de “Israel”.
No último dia 9, Husam Badran, um dos líderes do Hamas, ameaçou não prosseguir para a próxima etapa do acordo de cessar-fogo em Gaza até que sejam atendidas as exigências específicas. Badran condicionou o avanço à abertura de uma passagem fronteiriça, além da interrupção de ataques e do aumento da ajuda humanitária ao território palestino, e disse querer a “implementação completa de todos os termos da 1ª fase” antes de continuar com o acordo.




