Oriente Médio

Irã promete defender programa nuclear contra imperialismo

Porta-voz da agência nuclear iraniana acusa AIEA de agir politicamente e critica silêncio sobre ataques de “Israel”

O porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI), Behrouz Kamalvandi, afirmou que o país continuará a defender seu programa nuclear diante das pressões dos Estados Unidos e de “Israel” e criticou a postura do Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA), que, segundo ele, tem adotado uma atuação política, e não técnica.

Em entrevista à agência iraniana IRNA, Kamalvandi declarou que o Irã busca cooperação com o OIEA, mas que “a abordagem politizada da agência complica a situação”. Ele ressaltou que o órgão não condenou os ataques contra instalações nucleares iranianas, realizados por “Israel” em 13 de junho de 2025 e, em seguida, por forças norte-americanas em 22 de junho.

O porta-voz afirmou que o acordo de salvaguardas não foi desenhado para situações de guerra e não responde às condições criadas pela agressão contra instalações que são monitoradas pela própria agência. Segundo ele, é necessário revisar o mecanismo para garantir que informações técnicas não sejam utilizadas para ações militares.

Após os ataques, o Parlamento iraniano aprovou uma legislação de urgência para suspender a cooperação com o OIEA. Em julho, o presidente Masoud Pezeshkian assinou decreto encerrando a colaboração ativa e determinando a saída dos inspetores estrangeiros do país.

Em setembro, Irã e OIEA assinaram no Cairo um acordo mediado pelo Egito, permitindo a retomada limitada de inspeções sob novas condições. Entre elas, está a necessidade de aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano para qualquer visita a instalações sensíveis.

A tensão voltou a aumentar em novembro, quando o Conselho de Governadores do OIEA aprovou resolução exigindo acesso imediato a locais atingidos pelos bombardeios e esclarecimentos adicionais sobre o nível de enriquecimento de urânio. A resolução foi aprovada com 19 votos favoráveis, 3 contrários (Rússia, China e Níger) e 12 abstenções.

Kamalvandi destacou que o Irã conta com recursos naturais, capacidade energética, quadro humano qualificado e posição geográfica estratégica, e afirmou que o país “continuará avançando com força, apesar das pressões”, tratando a defesa do programa nuclear como responsabilidade conjunta do governo e da população.

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