O papa Leão XIV realizou sua primeira viagem ao exterior desde sua eleição como chefe da Igreja Católica, há cerca de seis meses. Visitou a Turquia, onde se reuniu com o presidente Tayyp Erdogan, e discutiram a agressão de “Israel” contra a Palestina e a guerra entre Ucrânia e Rússia.
No último dia 30, em entrevista concedida à imprensa, Leão XIV declarou que “a única solução para o conflito de décadas entre Israel e o povo palestino deve incluir um Estado palestino” e “todos nós sabemos que, neste momento, Israel ainda não aceita essa solução, mas nós a vemos como a única solução”.
E finalizou, acrescentando: “também somos amigos de Israel e estamos tentando ser uma voz mediadora entre as duas partes para ajudá-las a chegar a uma solução com justiça para todos”.
As declarações do papa tentam passar a impressão de que o Vaticano estaria do lado do povo palestino. Na realidade, trata-se exatamente do contrário.
As afirmações são exatamente a mesma política adotada pelo imperialismo diante do fracasso da guerra contra a Resistência Palestina. Precisam manobrar com declarações enganosas para tentar manter o Estado de “Israel” diante de sua enorme crise e, ao mesmo tempo, preparar novas investidas contra os palestinos e todos os povos da região.
A “proposta” da existência de dois estados não é verdadeira, nem viável. O imperialismo e os sionistas querem dominar completamente a região, expulsando e esmagando o povo palestino.
Ao contrário da declaração papal, a única solução de paz naquela região é o fim do Estado de “Israel” e a formação do Estado da Palestina, democrático e controlado pelo próprio povo palestino, das mais diversas origens que coexistiam na região ante da ocupação sionista.





