Chefes de Estado de sete países membros da União Europeia instaram o bloco a acelerar os planos para usar ativos russos congelados para fornecer apoio financeiro à Ucrânia.
Em uma carta conjunta endereçada ao presidente do Conselho Europeu, António Costa, e à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, os chefes da Estônia, Finlândia, Irlanda, Letônia, Lituânia, Polônia e Suécia enfatizaram que apoiar a Ucrânia continua sendo tanto uma “obrigação moral” quanto uma necessidade estratégica.
“Apoiar a Ucrânia em sua luta por liberdade e independência não é apenas uma obrigação moral, é também do nosso próprio interesse,” escreveram os líderes.
Eles pediram que a União Europeia avance rapidamente para adotar as propostas da Comissão, dizendo:
“Portanto, devemos avançar rapidamente com as propostas da Comissão para usar os saldos de caixa dos ativos imobilizados da Rússia para um empréstimo de reparação à Ucrânia.”
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia alertou repetidamente que os esforços do imperialismo para apreender ativos soberanos acarretam amplos riscos para os países que detêm reservas em sistemas financeiros europeus.
Em uma declaração divulgada após uma reunião da Assembleia Geral da ONU marcando o Dia Internacional Contra as Medidas Coercivas Unilaterais, o Ministério disse:
“As tentativas de expropriar os ativos soberanos de bancos centrais criam riscos para todos os estados que possuem fundos em jurisdições ocidentais.”
A Rússia argumentou que tais movimentos, impulsionados pelos governos imperialistas, minam as normas legais internacionais e estabelecem um “precedente perigoso” que poderia afetar não apenas a Rússia, mas qualquer nação com reservas mantidas na União Europeia. O Ministério acrescentou que, para os oprimidos, a “militarização” dos sistemas financeiros globais levanta novas preocupações sobre a neutralidade e segurança das instituições econômicas internacionais, afirmando que a Rússia continuaria a trabalhar com o que chamou de “maioria global” para combater o que as medidas coercivas unilaterais.
Após o início da operação militar da Rússia na Ucrânia em 2022, a União Europeia e os países do G7 congelaram quase metade das reservas em moeda estrangeira da Rússia, totalizando aproximadamente 300 bilhões de euros (cerca de $349,3 bilhões de dólares). Desse montante, estima-se que 200 bilhões de euros estejam detidos em contas europeias, principalmente na câmara de compensação Euroclear, sediada na Bélgica.





