Nesta domingo (23), a partir das 10h, ocorrerá o velório de Natália Pimenta, membro da Executiva Nacional do Partido da Causa Operária (PCO) e vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal). Natália batalhava contra as consequências de um câncer de mama havia três anos, tendo finalmente falecido no último sábado (22), após um caso raro de leucemia.
O evento será dirigido à família e a pessoas mais próximas, mas será aberto a todos aqueles que quiserem prestar sua mensagem a mais importante dirigente do PCO de sua geração. Pessoas de diversos estados do País confirmaram presença.
No dia 30 de novembro, o PCO declarou que irá realizar um ato e memória de Natália.
Em nota oficial, o PCO comunicou a morte de Natália e narrou sua trajetória. Em mais de uma década, Natália liderou a frente estudantil do PCO, consolidando presença especialmente na Universidade de São Paulo (USP). Ela tornou-se uma liderança importante em uma série de mobilizações e ocupações universitárias e chegou a ser presa durante uma ação na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A nota destaca que sua atuação nesse período foi marcada pelo rigor organizativo, característico de sua militância, e por uma capacidade ímpar de estruturar métodos internos que hoje compõem a disciplina partidária.
Militante desde os 12 anos, Natália dedicou 28 anos interrupto de sua vida à construção do PCO.
O irmão de Natália, João Jorge Pimenta, publicou um relato em que acusou o sistema e a política de austeridade fiscal por sua morte, afirmando que a biologia não foi a principal responsável.
“O mandante da morte de hoje não foi a biologia, e sim a política neoliberal, o abuso do Judiciário e a máquina burocrática do Estado capitalista”, escreveu João Jorge, lamentando a perda da irmã.
A família buscou na Justiça o acesso a uma nova medicação disponível nos Estados Unidos, que custaria milhões de reais, mas que poderia prolongar a vida de Natália em anos. O custo exorbitante da droga foi classificado por João Jorge como “uma excrescência do sistema capitalista e da ganância desumana”.
João Jorge Pimenta afirma que Natália perdeu “26 dias (pelo menos)” nas tentativas do Estado de economizar dinheiro.





