Polêmica

Folha de São Paulo tenta disfarçar, mas quer mesmo é repressão

Folha de São Paulo, um jornal que se faz de democrático, nada mais faz que promover os interesses do imperialismo e do grande capital: aumento da repressão contra o povo

Chacina

O artigo de Dora Kramer, Nada além do interesse eleitoreiro, publicado pela Folha de São Paulo neste sábado (22), nada mais é que uma peça de propaganda dos interesses da burguesia, notadamente do imperialismo, que quer o aumento da repressão no Brasil.

Logo no primeiro parágrafo lemos a seguinte mentira: “a segurança pública está no topo das preocupações da população e por isso é candidata a figurar como principal tema das eleições de 2026. Como a campanha já começou, é exatamente esse protagonismo o que interdita providências efetivas”.

Para a população, o topo da preocupação são os preços altos, o endividamento e a falta de perspectiva. O tema da segurança pública está sendo enxertado pela grande imprensa, que age coordenadamente e tenta criar um fato com repetição de notícias.

Existe um verdadeiro bombardeio de matérias nos jornais e tevês falando em “segurança”, no crime organizado etc. É essa quantidade enorme de artigos, reportagens, pesquisas encomendadas, que tentam gerar um clima de medo de insegurança. O que também serve para justificar e acobertar a selvageria das polícias que massacram a população e promovem chacinas inacreditáveis, como a que acabamos de ver no Rio de Janeiro.

Falsificação

O texto de Dora Kramer martela no mesmo tema e diz que “Uma bandeira em disputa impossibilita qualquer tentativa de unificação de propósitos e integração de ações, requisitos básicos para estruturação e organização do Estado para enfrentar o problema da criminalidade que assola o país”.

Se existe uma criminalidade que assola o país, só pode ser o sistema financeiro, os bancos, que roubam do Estado o equivalente a R$ 7 bilhões por dia com a cobrança de juros da dívida pública.

A senhora Kramer, ou seus patrões, estão preocupados com a unificação de propósitos e integração de ações, que nada mais é a proposta de se unificar as polícias e sob as asas da Polícia Federal, que se tornaria uma super polícia que, como é notório, está sob controle do FBI e do Mossad.

Elogio da maldade

Para surpresa de ninguém, a jornalista recorre ao que de pior a política brasileira produziu: FHC. Pede que “voltemos um instante ao recorrente exemplo do combate à inflação, três décadas atrás. Fernando Henrique Cardoso, candidato do governo Itamar Franco, concorreu em 1994 com um plano em andamento, o Real”. E que, segunda ela, “venceu as resistências da oposição, mostrou efeitos concretos à população e ganhou no primeiro turno mostrando ao que vinha”.

Sim, FHC mostrou ao que vinha: jogou todo o custo da crise sobre as costas dos trabalhadores, além de destruir a indústria nacional equiparando o real ao dólar. Durante sua gestão, 50 crianças morriam diariamente de fome no Brasil. Um capacho do imperialismo, um neoliberal de primeira hora, só pode mesmo ser elogiado pela Folha de São Paulo.

Reclamando de quê?

A jornalista reclama que “o que temos agora é um embate de ideias preconcebidas, com cada lado da contenda empenhado em desqualificar o outro, em nome da demarcação de palanques, com propostas que dizem coisa nenhuma sobre planos de ação”. Mas a questão da “segurança pública” sempre foi como plataforma eleitoral. A própria ação da Folha e demais órgãos da imprensa burguesa dão guarida e suporte a esse tipo de expediente político.

Segundo a jornalista, “as circunstâncias em que ocorre a tramitação do projeto de lei Antifacção exibem a prevalência do interesse eleitoreiro sobre o atendimento às necessidades objetivas. A cena é de luta entre direita e esquerda pela paternidade de uma legislação necessária, mas falsamente apresentada como solução”. Essa legislação só é necessária para o imperialismo, para a burguesia terminar de instaurar uma verdadeira ditadura no Brasil.

O que a direita quer é, com a desculpa de combater o crime, massacrar a classe trabalhadora, impedindo qualquer ação de resistência popular contra o Estado. Querem transformar o país em um presídio a céu aberto, onde movimentos grevistas, manifestações de rua, fechamento de rodovias etc., serão tratados como crime hediondo e redundarão em penas duríssimas.

Quem a Folha representa?

Finalizando seu texto, Dora Kramer escreve que “ocupados com os lances do jogo, políticos ignoram que a população alvo de tragédias cotidianas pode até não entender as filigranas das manobras, mas não é otária”.

Realmente, a população não é otária, por isso não confia na polícia. Por outro lado, a Folha não está autorizada a falar em nome da população. Esse jornal representa os interesses do grande capital, dos bancos. É uma empresa inimiga da classe trabalhadora.

A Folha apoia o grande capital financeiro, é a favor do corte de gastos públicos, defende a privatização de escolas e universidades. Apoia a entrega de empresas estatais e de nossas riquezas aos tubarões, sanguessugas, que nada produzem, esperam o Estado construir para depois pegar de graça.

Trata-se de um jornal golpista. Ajudou a dar o golpe contra Dilma Rousseff, bem como apoiou a ditadura militar.

Ninguém deve esperar nada de positivo da Folha, que apenas se finge de defensora da democracia. A realidade, no entanto, é outra. Essa empresa está a serviço dos inimigos dos trabalhadores e por isso deve ser desmascarada e combatida.

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