Editorial

Uma guerra contra a população pobre

Política de "segurança pública" implementada no país há décadas, é, na verdade, uma guerra contra a população pobre que mora nas periferias

Dados oficiais da violência no país denunciam que, em 2024, policiais mataram, pelo menos, 4.068 pessoas em nove estados brasileiros. Do total de vítimas, 3.066 eram negras, número que corresponde a 86,2% dos casos. Os números são da sexta edição do relatório “Pele Alvo: crônicas de dor e luta”, da Rede de Observatórios da Segurança, iniciativa do CESeC (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania).

O estudo analisou os dados da LAI (Lei de Acesso à Informação) do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. Em média, 11 pessoas foram mortas por dia em 2024 nos estados monitorados. Os jovens de 18 a 29 anos foram as principais vítimas e representaram 57,1% do total de casos. O relatório também aponta que 297 vítimas eram crianças ou adolescentes de 12 a 17 anos, além de um caso envolvendo uma criança de até 11 anos. Esse número representa um aumento de 22,1% de casos, quando comparado ao mesmo período de 2023.

A violência praticada por policiais intensificou-se em 2025.

A Bahia lidera o ranking de mortes por policiais. Na taxa por 100 mil habitantes, perde só para o Amapá: 11,2 contra 20,3. A média nacional é de 2,9. No total, 4.620 pessoas morreram após intervenções policiais até setembro deste ano. A Bahia já registrou 1.252 mortes por policiais de janeiro a setembro de 2025. Os dados são do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os números do estado governado por Jerônimo Rodrigues (PT) são mais que o dobro do Rio de Janeiro (520) de Cláudio Castro (PL).

São dados de janeiro a setembro, e ainda não incluem as mortes da megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio, em 28 de outubro. A ação deixou 121 mortos, incluindo 4 policiais.

A política de “segurança pública” implementada no país há décadas, é, na verdade, uma guerra contra a população pobre que mora nas periferias.

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