A COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), realizada em Belém do Pará, contou com um grande destaque da imprensa capitalista, comprometida com os interesses dos grandes monopólios.
A escolha do Brasil como anfitrião não foi por acaso e o encontro demonstrou os verdadeiros interesses do imperialismo para com o Brasil, sob a cobertura da defesa do meio ambiente. Durante o evento o que mais se viu foram ataques ao desenvolvimento nacional e a política de exploração do petróleo na Margem Equatorial pela Petrobras.
Duas medidas
Duas falas e medidas comprovam a afirmação acima. A primeira delas é a entrevista da Ministra Marina Silva ao jornal golpista O Globo. Marina afirmou: “Precisamos criar um mapa para chegar ao fim do desmatamento e do uso de combustíveis fósseis”, deixando bastante claro sua posição.
Outra medida é o lançamento pelo presidente Lula do Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), onde todos sabem que esse recurso será destinado para as ONG’s imperialistas realizarem suas campanhas sórdidas contra a exploração da Amazônia.
As duas medidas revelam a farsa do encontro da COP30 porque são propostas que ocorrem no período de liberação da exploração do petróleo na bacia da costa do Amapá, abrindo a possibilidade para a extensão para toda a Margem Equatorial, que pode ter mais de 30 bilhões de barris de petróleo, uma riqueza colossal. COm o claro intuito de obstaculizar essa exploração.
Além disso, o fundo de financiamento para que os países pobres que possuem grandes extensões de florestas, visa manter sua situação de miséria, que não explorem suas riquezas (a não ser quando essas sejam entregues para os abutres internacionais) e fiquem ainda mais dependentes dos recursos financeiros do imperialismo.
Ao contrário do que diz a esquerda pequeno-burguesa, a COP não é um espaço de disputa, pelo contrário, devido à participação e a organização estarem nas mãos dos maiores destruidores do meio-ambiente, patrocinadores de guerras, genocídio e devastação, como o imperialismo europeu e norte-americano, que tomam as decisões em seu benefício e cercam a Venezuela para tomar seu petróleo, a maior reserva desse recurso do mundo, e de longe.
Para dar um ar de seriedade e isenção, os organizadores fazem muita demagogia com os povos indígenas, importantes para a “defesa” da terra, mas enquanto isso os índios passam fome e vivem uma situação de calamidade levando tiros do latifúndio.
Demagogia
Essa demagogia ambiental dos países imperialistas é apenas uma forma de pressionar governos a preservar e não explorar suas riquezas, esperando uma oportunidade e mudança na situação política para explorarem quando foram mais adequadas.


